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Ajuda à economia grega traz alívio só no curto prazo

Por Benedito Sverberi
13 abr 2010, 14h31

O crédito de 30 bilhões de euros disponibilizado pelos integrantes da zona do euro (grupo de países europeus que adotam essa moeda comum) deve aliviar momentamente a turbulência por que tem passado para a economia da Grécia nos últimos meses.

Segundo analistas ouvidos por VEJA.com, a linha emergencial, caso fosse acionada pelo governo grego, ajudaria, por enquanto, apenas a rolar as dívidas de curto prazo. Há rumores de que também o Fundo Monetário Internacional (FMI) criará uma linha emergencial para o país de 10 bilhões de euros.

Para espantar em definitivo os riscos de um agravamento da crise, será necessário equacionar os sérios problemas de endividamento da economia grega, cuja relação dívida/PIB deve chegar no final do ano a cerca de 120%.

Juros caem – Nesta terça-feira, o governo grego conseguiu emitir dois novos títulos da dívida, com vencimentos de seis meses e um ano, respectivamente, num valor total de 1,564 bilhão de euros. A boa notícia ficou por conta dos juros. O mercado aceitou papéis com remunerações anuais de 4,55% e 4,85%. Antes do anúncio da ajuda da União Europeia, as taxas giravam em torno de 7,5%. “A boa notícia é que a Grécia conseguiu, ao menos, um alívio de curto prazo”, analisa o economia-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

A situação do país daqui para frente será de difícil administração. Já num quadro de recessão, o governo terá de esforçar para melhorar suas finanças. As palavras para isso são aumento da arrecadação � não raro via aumento dos impostos � e corte de despesas. Também será necessário desmontar os programas de estímulo à atividade que, desde a eclosão da crise de 2008, implicou o despejo de milhões de euros de dinheiro público na Grécia.

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Todas são medidas que, ao contrário do desejável, representam tão e somente fatores de contração da economia. Em última instância, o sacrifício recairá sobre a população, cuja tendência é ter seus salários achatados, num quadro de desemprego e impostos elevados.

Embora os riscos de que a crise se arraste por vários meses à frente não sejam desprezíveis, a economista-chefe do ING Bank, Zeina Latif, não acredita em calote generalizado.

“A crise de 2008, que começou nos Estados Unidos, e agora esta evidenciaram aos integrantes da zona do euro a necessidade de aperfeiçoamento dos controles fiscais. Haverá todo um esforço daqui para frente para fazer convergir as relações dívida/PIB desses países para patamares mais aceitáveis”, aposta Zeina.

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