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Agências de emprego encolhem mesmo com maior desemprego

Motivos da dificuldade são a menor oferta de vagas e a maior exigência das empresas contratantes em busca de trabalhadores mais qualificados

Por Da Redação
14 jul 2015, 10h49

O salto no desemprego, que atinge mais de 8 milhões de trabalhadores no país, e que, à primeira vista, poderia ser favorável às agências de emprego, na prática, não está se confirmando. Diante da menor oferta de vagas e da maior exigência das poucas empresas contratantes em busca de trabalhadores mais qualificados, mas por um salário bem menor, as agências têm dificuldades para recolocar os profissionais.

Para se adequar aos tempos de crise, as agências de empregos estão fazendo ajustes. Há aquelas que deslocaram recrutadores de áreas menos ativas, como indústria, para comércio e serviços, que têm algum fôlego nas contratações por causa de trabalhos temporários. Outras optaram por fechar filiais que não davam lucro.

“Eu ganho dinheiro empregando pessoas. Se não tem vaga, como posso ganhar dinheiro”, questiona Vera Freitas, sócia da agência de empregos Vero RH. No fim de 2014, a empresa fechou a filial e concentrou os negócios na matriz. Ela conta que a agência vem registrando o encolhimento do mercado há algum tempo. Hoje o número de vagas é 50% menor em relação a 2014. Em contrapartida, houve um aumento também de 50% no número de candidatos.

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A sócia da agência observa que, além de o número de vagas ter diminuído, as empresas, que ainda contratam, demandam profissionais mais qualificados, mas querem pagar menos. Isso dificulta o trabalho de recolocação. “Eles querem uma Brastemp, mas por preço de uma Enxuta”, compara Vera, fazendo alusão às marcas de lavadoras de qualidade reconhecida e de preço mais baixo, respectivamente. Um ano atrás, por exemplo, pagava-se 4 mil reais para uma secretária. Hoje a oferta é 2,5 mil reais para a mesma vaga.

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A queda nos salários oferecidos pelas empresas que contratam é confirmada por Angela Queiróz, coordenadora de RH da agência de empregos NVH. Ela diz que o menor valor oferecido, em média, no ano passado era 880 reais. Neste ano, a oferta gira em torno do salário mínimo, que é de 780 reais.

A agência também registrou um aumento no número de currículos recebidos diariamente. Atualmente são 400, ante 300 um ano atrás. Com a queda do emprego na indústria, a agência, que tem três escritórios, realocou funcionários da unidade de Santo André (SP) e que atendia ao setor automobilístico para os outros escritórios, voltados para o comércio e serviços.

Por causa das datas sazonais, há contratações de trabalhadores temporários no varejo. Segundo a coordenadora, os setores que ainda admitem são os de fast-food, artigos para casa (home centers) e de telecomunicações. “São aqueles nos quais as pessoas não param de gastar, apesar da crise”, diz.

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(Com Estadão Conteúdo)

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