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Acordo de leniência da Braskem chega a R$ 2,8 bi

Valor vai ser pago em parcelas até 2025

Por Estadão Conteúdo
1 jun 2019, 11h41

A Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União assinaram ontem um acordo de leniência com a petroquímica Braskem no valor de 2,87 bilhões de reais, a ser pago em parcelas até 2025. A empresa, controlada por Odebrecht e Petrobras, foi investigada no âmbito da operação Lava Jato.

A Braskem já depositou 1,33 bilhão de reais referentes a um acordo que havia sido fechado com o Ministério Público Federal em 2016, que incluía também um acordo firmado com autoridades suíças e americanas, que somou, na época, 3,1 bilhões de reais – sendo 2,2 bilhões de reais destinados ao Brasil.

Os dois órgãos de controle, porém, firmaram um novo compromisso, que englobou o primeiro na parte referente aos pagamentos que deveriam ser feitos aos cofres brasileiros. O valor que já foi pago será descontado do total aplicado agora.

A parte que a empresa ainda precisa pagar, 1,54 bilhão de reais (corrigido pela taxa Selic), será desembolsada em seis parcelas, uma por ano, entre 2020 e 2025. Do total, 2 bilhões de reais serão destinados à União e cerca de  800 milhões de reais à Petrobras.

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Os valores a serem ressarcidos envolvem pagamentos de dano, enriquecimento ilícito e multa por contratos fraudulentos que envolveram recursos públicos. A punição também é aplicada pela edição de atos normativos produzidos a partir de pagamentos de vantagens indevidas.

Segundo o ministro da CGU, Wagner Rosário, a empresa colaborou durante as investigações e apresentou um plano bem definido de compliance, que será auditado pelo órgão no prazo de vigência do acordo.

A controladoria também informou que a empresa colaborou com informações e provas sobre atos ilícitos cometidos por mais de 60 pessoas físicas e jurídicas, acrescentando elementos e informações sobre outros casos investigados. “É importante citar aqui que a colaboração da empresa não só traz informações novas, mas ajuda em outros casos de colaboração”, afirmou Rosário.

O advogado-geral da União, André Mendonça, disse que a assinatura do acordo foi viabilizada após decisão da 13ª Vara Criminal de Curitiba, que autorizou, dias atrás, que CGU e AGU firmassem o compromisso.

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Mendonça disse ainda que os dois órgãos esperam assinar mais três acordos com outras empresas envolvidas em casos de corrupção neste ano.

Expertise

Segundo Rosário, 41 empresas já procuraram os órgãos de controle para firmar acordos e, até agora, já foram recuperados cerca de 9 bilhões de reais pelos dois órgãos. “Agora que temos mais expertise, esse já é o sétimo acordo firmado.”

No caso da Braskem, Rosário afirmou que a empresa “vira uma página e coloca um ponto final em uma situação”. “Quem comete um erro tem de pagar, a empresa pagou e agora ela tem tudo, pela qualidade técnica e pelo nível de seus funcionários, para continuar crescendo de forma sustentável, com comportamento ético. É isso que esperamos de todas as empresas no país”, disse.

Em nota, a Braskem afirmou que o acordo “representa um passo complementar sobre os mesmos fatos contemplados no acordo global de dezembro de 2016. A empresa segue colaborando com as autoridades e vem fortalecendo cada vez mais seu sistema de conformidade a fim de atuar de forma ética, íntegra e transparente”.

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