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Acordo com Petronas deve ir para arbitragem, diz OGX

Acordo que transfere Tubarão Martelo à petroleira malaia foi firmado em maio, mas nunca concretizado. Reservas são um terço do anunciado anteriormente por Eike

Por Da Redação
31 out 2013, 16h46

A problemática OGX, petroleira de Eike Batista, informou nesta quinta-feira que o acordo assinado com a malaia Petronas para a venda de participação de áreas na Bacia de Campos “provavelmente vai gerar um processo arbitral para resolução da questão”.

O acordo previa um pagamento pela Petronas de 850 milhões de dólares à OGX – 250 milhões de imediato – pela compra de 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, onde está o campo de Tubarão Martelo. As negociações, anunciadas em maio, estavam paralisadas.

A Petronas informou em agosto que aguardaria a reestruturação da dívida da petroleira brasileira para dar prosseguimento ao negócio. Desde julho, quando a petroleira desistiu de investir em alguns campos da Bacia de Santos, Tubarão Martelo começou a ser apontado como o principal ativo da companhia. Seu início de produção é esperado para a segunda metade de novembro de acordo com fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters.

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Contudo, no início de outubro, a OGX informou ao mercado que as reservas prováveis de Tubarão Martelo são um terço do volume total recuperável estimado inicialmente pela companhia. A reserva provável é quando a empresa identifica indícios de que há 50% de chance do óleo ser comercialmente viável, enquanto as possíveis só apresentam 10% de probabilidade. Segundo a consultoria Degolyer & McNaughton, o campo possui reserva provável de 87,9 milhões de barris de óleo equivalente (boe) e possível de 108,5 milhões de boe. A consultoria, porém, não encontrou nenhuma reserva provada, ou seja, que tenha mais de 90% de chance de ser comercializável.

Desde então, os rumores de que a Petronas já teria desistido do acordo só aumentam. Segundo fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico, os executivos da petroleira malaia não querem nem negociar diretamente com Eike depois que os porta-vozes da OGX que comandavam as conversas foram demitidos – o ex-presidente Luiz Eduardo Carneiro e o ex-diretor jurídico, José Faveret. O empresário já tentou falar até com o primeiro-ministro da Malásia para resolver o impasse, mas não foi bem-sucedido.

Leia ainda: O passo a passo da recuperação judicial da OGX

A OGX entrou na quarta-feira com pedido de recuperação judicial. Tal medida significa que a empresa não tem condições de arcar com o pagamento de seus credores e precisa de proteção da lei para ter sua dívida, que soma 11,2 bilhões de reais, renegociada.

Na quarta-feira, a OGX já havia comunicado que o acordo com a Petronas seria discutido “no âmbito do processo de reestruturação financeira” para o qual a companhia contratou a assessoria da Angra Partners e Lazard.

(com agência Reuters)

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