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Ações do BC não impedem disparada do dólar, que fecha a R$ 2,25

É o maior patamar de fechamento desde 1º de abril de 2009, quando encerrou a 2,2810 reais

Por Da Redação
20 jun 2013, 17h59

Nem mesmo três atuações do Banco Central (BC) no mercado cambial conseguiram segurar o dólar nesta quinta-feira. A moeda norte-americana terminou com forte avanço de 2,45% no mercado à vista, cotada a 2,2590 reais. É o maior patamar de fechamento desde 1º de abril de 2009, quando encerrou a 2,2810 reais. De novo, incentivaram o movimento a pressão de alta no exterior, em meio à perspectiva de redução da liquidez global, e a desconfiança dos investidores em relação ao Brasil.

O dólar operou com valorização durante todo o dia. Na mínima, às 9h24, foi negociado a 2,22 reais (+0,77%) e, na máxima, às 11h33, atingiu 2,2760 reais (+3,22%).

Durante a manhã, a pressão de alta do dólar atingia todos os mercados. Os investidores ainda reagiam à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e ao discurso do presidente da instituição, Ben Bernanke, na véspera.

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Ao praticamente definir um cronograma de retirada dos estímulos à economia dos EUA, ao dizer que há consenso entre os membros do Fed para a redução das compras de ativos ainda neste ano, Bernanke acirrou a busca por dólares, em detrimento de ativos de maior risco, como as ações. “E os dados da China divulgados hoje acabaram potencializando o efeito do Fed”, acrescentou um operador da mesa da câmbio de um grande banco.

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O índice de atividade industrial (PMI) da China atingiu o nível mais baixo em nove meses, caindo de 49,2 em maio para 48,3 em junho, segundo leitura preliminar do HSBC. Um jornal local também afirmou que o crescimento de 7% é a nova meta do governo chinês – e não mais os 7,5% anunciados em março.

Neste cenário de arrancada do dólar, o BC anunciou um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) para as 9h30 e, posteriormente, dois leilões de linha (venda de moeda com compromisso de recompra) para as 12h20 e as 12h35. No caso do swap, o resultado financeiro foi de 2,986 bilhões de dólares e, nas duas operações de linha, de 3 bilhões de dólares.

A injeção de moeda no sistema acalmou um pouco os negócios, mas o dólar se manteve em forte alta ante o real, ainda na casa dos 2% no início da tarde. Ao longo do dia, voltaram a circular pelas mesas de operações rumores de que o governo poderia fazer uma reforma ministerial, que incluiria a equipe econômica. Aos poucos, a moeda norte-americana foi, inclusive, se reaproximando das cotações máximas da manhã, para depois desacelerar parte dos ganhos na reta final.

Já a BM&FBovespa abriu em forte queda, após encerrar o pregão de quarta-feira com perdas de 3,4%. Ao longo desta quinta, o Ibovespa era negociado praticamente todo o tempo no vermelho. Chegou a cair mais de 2% por volta das 16 horas. Contudo, a bolsa reverteu a queda e conseguiu fechar em alta de 0,67%, puxada pela recuperação das ações das empresas de Eike Batista.

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(Com Estadão Conteúdo)

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