Ações da Taurus disparam após a publicação de decreto sobre armas
Antes do meio-dia, ações subiam mais de 15%. Decreto facilitou o porte para diversas categorias, como políticos eleitos e caminhoneiros
As ações da Taurus dispararam nesta quarta-feira, 8, com a publicação do decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza a venda e o porte de armas e munições no país no Diário Oficial da União.
Às 11h57, as ações da fabricante de armas subiam 15,25%, valendo 4,46 reais, Mais cedo, por volta das 10h30, as ações avançavam 18,1%. Por volta das 11h58, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, opera em alta de 1,52%, com 95.821 pontos.
As ações da Taurus tiveram um pico de valorização no início do ano, chegando a subir 89% em dez dias graças à expectativa do decreto de flexibilização da posse de armas. No dia da assinatura, entretanto, os papéis da companhia caíram mais de 17%.
Porte liberado para diversas categorias
Na véspera, quando assinou o decreto, o presidente Jair Bolsonaro havia dito que a flexibilização do porte valeria para caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas, os chamados CACs. No texto publicado na íntegra nesta quarta-feira, há a facilitação também para outras categorias, como políticos eleitos, caminhoneiros e residentes em área rural, entre outros.
Com o direito ao porte, pessoas que fazem parte desse grupo de ocupações poderão transportar a arma para fora de casa. Para obter o porte, é preciso ter 25 anos, comprovar capacidade técnica e psicológica de arma de fogo, não estar respondendo a inquéritos ou a processo criminais e não ter antecedentes criminais.
De acordo com o decreto, a “efetiva necessidade” para o porte será considerada cumprida para as seguintes ocupações, além das anunciadas na terça-feira 7: agentes públicos, incluindo políticos com mandato e advogados, proprietário de estabelecimento que comercialize armas de fogo, residente em área rural, agente de trânsito, profissional da imprensa que atue na cobertura policial, motorista de empresas e transportadoras autônomos de cargas e conselheiro tutelar.
(Com Reuters)