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Ações da Petrobras têm forte alta com confirmação de nova presidente

Agrada aos investidores a troca de Sérgio Gabrielli, um executivo com gosto pela política, por uma funcionária de carreira da estatal, Maria da Graça Foster

Por Da Redação
23 jan 2012, 16h33

A confirmação nesta segunda-feira da troca de comando na Petrobras agradou os investidores – tanto que os papeis da companhia passaram a liderar as altas da bolsa paulista. Ainda que a avaliação dos analistas a respeito de gestão de José Sérgio Gabrielli não seja inteiramente negativa, a escolha de Maria das Graças Foster – uma técnica que atua há mais de trinta anos na estatal – para a presidência implica chances renovadas de um futuro ainda mais vistoso para a empresa.

Os economistas ouvidos pelo site de VEJA destacaram o fato de Gabrielli ter estreita proximidade de políticos, como o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, e também nutrir ambições próprias de entrar nessa carreira. VEJA apurou também que ele “fazia o jogo de seus padrinhos”, nem que para isso precisasse passar por cima de decisões do Palácio do Planalto. Esse intercâmbio empresarial e político não era visto com bons olhos pelos investidores, que temem que possíveis ingerências façam com que os resultados não venham a ser tão bons quanto poderiam. Pesa também a desconfiança de que o presidente de uma companhia altamente complexa não estaria 100% voltado ao seu dia-a-dia. Alguns feitos recentes do executivo tampouco agradaram o mercado, como a mal-avaliada megacapitalização da companhia em 2010 e o fato de o preço da gasolina ter ficado congelado por muito tempo (dois anos aproximadamente).

O outro lado dessa história é a vinda de uma executiva com indiscutível competência técnica, pulso firme e, o que é melhor, zero aptidão pela política. Em resumo, até que se prove o contrário, trata-se de alguém com credenciais para fazer a Petrobras trilhar por um caminho mais pujante nos próximos anos. Adicionalmente, a diretora de Gás e Energia já era uma espécie de super executiva, visto que Gabrielli lhe delegava extensa lista de atribuições. Como o mercado antecipa resultados futuros no preço das ações, a Bolsa de Valores de São Paulo abriu o pregão desta segunda-feira com forte valorização nos papeis da empresa. Às 17:08, as ações ordinárias da estatal lideravam as altas do Ibovespa, com ganho de 4,29%, para 27,48 reais. Na sequencia, vinha a apreciação de 4,17% das ações preferenciais, para 25,23 reais. Na máxima até esse horário, ambos os papéis chegaram a subir mais de 5%.

Para o analista Lucas Brendler, da Geração Futura, a troca de comando é o principal motivo para a alta das ações da Petrobras, apesar de especulações sobre uma mudança na presidência já circularem no mercado há algum tempo. “Ao que tudo indica, Graça Foster é mais técnica. Olhando para o perfil dos dois, passou de um período em que a Petrobras trabalhou mais a questão financeira para um período no qual focará mais na produção”, afirmou Brendler.

Na mesma linha, o analista Osmar Camilo, da Socopa, disse que o mercado gostou da troca do comando porque vê em Graça Foster o perfil certo para tocar com mais afinco o plano de investimento da Petrobras e fazer com que a empresa cumpra suas metas de produção.

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Em 2011, a produção de petróleo da estatal no Brasil atingiu média de 2,021 milhões de barris por dia, ficando 3,7 % abaixo da meta anual de 2,1 milhões.

Um outro analista, que falou sob condição de anonimato, considerou que a executiva é mais centralizadora e colocará os investimentos para “andar”, mas considerou que ela cobrará por mais conteúdo nacional nos projetos – o que poderia eventualmente ser um risco à velocidade de execução dos planos.

(com Reuters)

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