Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ações da Embraer disparam após aval de Bolsonaro a acordo com Boeing

Na parte da manhã, as ações da companhia chegaram a subir mais de 6%, superando o patamar de 22 reais

Por Redação
Atualizado em 11 jan 2019, 20h03 - Publicado em 11 jan 2019, 17h06

As ações da Embraer operam em forte alta nesta sexta-feira, 11. Por volta das 16h40, os papéis da fabricante de aeronaves tinham uma valorização de 4,48%, sendo vendidos por 21,95 reais. Esse avanço se desacelerou, encerrando o dia com alta de 2,57%, a 21,53 reais. 

Na parte da manhã, as ações da companhia chegaram a subir mais de 6%, superando o patamar de 22 reais. A valorização se reduziu à tarde, acompanhando o movimento de ligeira queda do Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro. Mesmo assim, os papéis da Embraer estavam entre os mais valorizados desta sexta-feira.

Essa alta acontece um dia após o governo do presidente Jair Bolsonaro dar seu aval para a compra da divisão de aviação comercial da Embraer pela americana Boeing, em um negócio avaliado em 4,2 bilhões de dólares. Embora não detenha o controle da Embraer, o governo brasileiro detém uma ação especial (golden share, em inglês) que lhe dava o direito de vetar o negócio.

“O anúncio da aprovação da fusão entre a Embraer e a Boeing deve destravar valor ao papel, visto que os ruídos em torno do deal vinham pressionando a performance do ativo na B3”, informa a Guide Investimentos em relatório.

Pelos termos do acordo anunciado há um mês, será formada uma nova companhia que vai cuidar do desenvolvimento e da produção dos aviões comerciais da Embraer. A Boeing vai ter o controle dessa empresa e o equivalente a 80% do capital, e a Embraer ficará com os 20% restantes.

Continua após a publicidade

Para a Guide, a parceria com a Boeing é extremamente estratégico para a Embraer, pois “fortalece a capacidade de vendas da companhia, gera maior valor agregado aos clientes das duas empresas e gera ganho com custo menor de capital”.

Sindicatos são contrários ao acordo

Os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Araraquara e Botucatu, que representam funcionários da fabricante brasileira, reiteraram que continuarão atuando para suspender o negócio.

Na próxima semana, dirigentes do grupo irão a Brasília procurar os ministérios da Defesa e da Casa Civil para pedir a reversão da decisão tomada na quinta-feira.

“O próprio presidente Jair Bolsonaro já havia feito ressalvas em relação à brecha do acordo que permitirá a venda dos 20% restantes da Embraer dentro de cinco anos. Mais uma vez, ele recuou”, apontam os sindicatos, em nota.

Continua após a publicidade

No âmbito da Justiça, o grupo de trabalhadores lembra ainda que ajuizou um recurso no dia 1º de janeiro contra a decisão da presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região de derrubar a liminar obtida pelos sindicatos que suspendia os efeitos do acordo entre as empresas.

Na última ação civil pública movida, os trabalhadores defendem a tese de que a transação entre Boeing e Embraer fere a Lei das S/A (6404/76) e que o negócio em aviação comercial não se trata de uma joint venture, mas sim da venda do braço mais rentável da brasileira.

“Em cinco anos termina o período de maturação das vendas do jato E2. Caso a Boeing decida tirar a aeronave do mercado e não traga novos projetos para o Brasil, a Embraer inevitavelmente será fechada”, afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Herbert Claros.

Outra preocupação dos sindicatos é um eventual fechamento de postos de trabalho no Brasil. Os termos negociados entre as companhias não incluem garantias de que os empregos no país serão mantidos.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.