A previsão nefasta para Bolsonaro sobre o preço dos combustíveis
Em conversas privadas, ex-presidente da Petrobras relata que mudanças na estatal não terão impacto desejado e diz não acreditar na privatização da empresa

Ex-presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna não está nada animado com a efetividade da dança das cadeiras realizada pelo presidente Jair Bolsonaro no comando da empresa e do Ministério de Minas e Energia. De volta para Brasília, onde fincou suas bases, apenas na semana passada, ele relatou a diretores da Petrobras que a escolha de Adolfo Sachsida, então assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o comando do ministério no lugar do almirante Bento Albuquerque não terá efetividade no anseio de diminuir os preços dos combustíveis. “Não adianta nada mudar o sofá da sala”, brincou com os auxiliares.
Esses diretores relatam que Silva e Luna não acredita na privatização da empresa, cantada por Sachsida e Guedes, que anunciaram estudos para dar vazão à desestatização da empresa. Segundo Luna, as discussões têm “efeito cosmético” e Sachsida teria de assumir um discurso diferente de seu antecessor. Para ele, é impossível que a Petrobras seja privatizada ainda neste ano — e, nem se a iniciativa fosse bem-sucedida, teria o efeito desejado. Ele calcula que, apesar de positiva a longo prazo, a privatização da estatal teria o primeiro efeito de elevar o preço dos combustíveis. Isso porque, relataram diretores, Luna vê a Petrobras como ferramenta importante para segurar os preços sendo estatal. “Mas seria muito positiva para reduzir a influência política”, relatou.
Nesta terça-feira, 17, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que modifica o cálculo de cobrança nas tabelas de fretes, reduzindo de 10% para 5% o aumento do preço do diesel que calça as alterações na tabela, em claro aceno a uma outrora base eleitoral importante, os caminhoneiros. A medida vem na esteira da pública insatisfação do presidente com a estatal e no processo de fritura do novo presidente da empresa, José Mauro Coelho, há um mês no comando da estatal.
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