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A péssima notícia para os investidores da Petrobras

Uso político, tentativa de interferência nos preços e apelo global por mudanças na matriz energética esmagam perspectivas futuras da companhia

Por Luana Zanobia Atualizado em 20 jun 2022, 17h59 - Publicado em 20 jun 2022, 16h59

A Petrobras vive um de seus momentos de maior risco de ingerência com a “dança das cadeiras” na companhia, que chega agora à sua quarta troca de presidente na gestão de Jair Bolsonaro, a partir de 2019. José Mauro Coelho, o último a comandar a estatal, permaneceu pouco mais de dois meses no cargo, diante das pressões constantes do presidente da República contra os reajustes nos preços dos combustíveis. A confusão envolvendo a companhia e o governo já ajudou a causar uma queda de mais de 8% o valor de seus papéis no acumulado do ano.

O uso político da empresa, uma possível alteração da política de preços da companhia e as exigências de mudanças de matrizes energéticas em todo o mundo aumentam os riscos de uma perspectiva futura para a estatal. “A Petrobras é uma das empresas mais arriscadas de investir na bolsa por conta de toda a interferência política. Considerando ainda que os dois principais candidatos – Bolsonaro e Lula – possuem uma agenda ativa de interferência, as perspectivas não são positivas no longo prazo”, diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Mesmo com o reajuste na sexta-feira, que elevou a gasolina em 5% e o diesel em 14%, as ações da companhia afundaram mais de 7%, levando a empresa a perder mais de 27 bilhões de reais em valor de mercado, na sexta-feira, 17. No dia seguinte, Bolsonaro declarou que faria a empresa perder mais 30 bilhões de reais com a instalação de uma CPI para investigar a postura da Petrobras em relação aos últimos aumentos.

Apesar dos riscos envolvidos, a companhia é uma das maiores distribuidoras de lucro, inclusive para o governo, que é sócio majoritário. Em 2021, foram mais de 100 bilhões de reais de pagamento de dividendos, sendo que 63,4 bilhões foram pagos ao governo. Na manhã desta segunda-feira, 20, as ações estavam em baixa e as negociações foram suspensas para a divulgação do comunicado de renúncia de Coelho, mas logo foram retomadas, com os papéis em alta. “No curto prazo, enxergamos muitos ruídos gerando volatilidade nos papéis”, diz Waldir Morgado, sócio da Nexgen Capital.

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