Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A estabilidade do euro é inegociável, afirma Sarkozy

Presidente francês elogiou cancelamento de referendo e afirmou que o desejo do bloco é manter a Grécia na zona do euro

Por Fernando Valeika de Barros, de Cannes
3 nov 2011, 16h46

Nicolas Sarkozy, presidente da França e anfitrião do G20, surgiu cansado e rouco diante de centenas de jornalistas, que encheram o auditório Louis Lumière, o maior do Palácio dos Festivais, onde acontece a reunião dos líderes das vinte maiores economias do mundo, em Cannes. Mas, quando tratou a crise grega, foi enfático no rigor para defender a moeda única. “O euro é o coração da Europa. Assim como não podemos aceitar a explosão da Europa, nós e a Alemanha lutaremos por um patrimônio europeu”, afirmou o presidente. Sarkozy também reconheceu que, durante a introdução da moeda única, houve países que não estavam preparados para a convergência. “Mas encontraremos soluções para isso”, disse.

Pouco antes do pronunciamento de Sarkozy, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, reconheceu ter desistido do referendo que decidiria sobre a aplicação ou não do último plano de resgate elaborado pelos países da zona do euro, na última semana, em Bruxelas. Sarkozy, que já havia sido informado sobre o cancelamento, comentou que o desejo da União Europeia é que a Grécia permaneça na zona do euro. “Os dirigentes gregos foram responsáveis para entender a situação. Acompanhamos com atenção e as coisas progridem. Ficou claro que as regras devem respeitadas e as decisões, aplicadas. Este princípio vale para todos – Alemanha, França e os outros países da União Europeia. Estamos juntos e devemos reagir para resolver problemas”, disse.

Transações financeiras – Uma das principais bandeiras de Sarkozy para o G20 é a implantação de uma taxa sobre transações financeiras internacionais – uma espécie de IOF global. Nessa ideia, ele conta com o apoio formal da Alemanha – e só. O desafio do presidente e anfitrião é vender o projeto para as demais nações do encontro. Sarkozy citou, durante a coletiva, que o Brasil e a Argentina apoiam a ideia, mas a presidente Dilma Rousseff ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema.

Ainda sobre transações internacionais, o presidente francês aproveitou para criticar o protecionismo – ainda que a França seja um dos países que impôem significativas barreiras comerciais, sobretudo em relação à importação de alimentos. “Para fazer avançar o comércio mundial, o protecionismo não é a solução. Deve haver mais incentivos às trocas e novos métodos para reforçcar instâncias multilarais”, afirmou Sarkozy.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.