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A bronca do BC de Campos Neto e Galípolo sobre a política fiscal de Lula

Em ata, Copom diz que 'uma política fiscal crível, embasada em regras previsíveis e transparência em seus resultados' é importante para ancorar as expectativas

Por Larissa Quintino Atualizado em 25 set 2024, 15h45 - Publicado em 24 set 2024, 09h07
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  • O presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (VEJA/VEJA)
    O presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (O presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (VEJA/VEJA)/VEJA)

    O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sinalizou na ata da reunião que aumentou a Selic em 0,25 ponto percentual, o peso que a política monetária expansionista, adotada pelo governo Lula, pode trazer para a inflação e, consequentemente, para os juros.

    “O esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”, diz o documento divulgado nesta terça-feira, 24, com os motivos que levaram à decisão unânime.

    O Copom disse que monitora com atenção “como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros” e ressaltou a percepção negativa do mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente.

    “Uma política fiscal crível, embasada em regras previsíveis e transparência em seus resultados, em conjunto com a persecução de estratégias fiscais que sinalizem e reforcem o compromisso com o arcabouço fiscal nos próximos anos são importantes elementos para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de riscos dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”. No comunicado, o Copom enfatiza, entretanto que colocou em seu cenário uma desaceleração no ritmo de crescimento dos gastos. “Políticas monetária e fiscal síncronas e contracíclicas contribuem para assegurar a estabilidade de preços e, sem prejuízo de seu objetivo fundamental, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego”.

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    A ata ressalta a unanimidade da decisão de juros, ponto tido como importante pelo mercado durante a transição no Banco Central. Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do BC, foi indicado por Lula para assumir a vaga de Roberto Campos Neto, cujo mandato vai até 31 de dezembro.

    O comunicado reforça o tom técnico da decisão, tentando afastar influências políticas. Campos Neto é o primeiro presidente desde a autonomia de decisões do Banco Central, e foi indicado por Jair Bolsonaro. Pela lei da autonomia, os mantados do BC não são concomitantes aos da Presidência da República e o presidente também não pode exonerar o chefe da autoridade monetária — fato muito questionado pelo por Lula, assim como a atuação de Campos Neto.

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