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A boa e a má notícia que os dados de emprego trazem para Bolsonaro

Taxa de desemprego está abaixo dos dois dígitos e registrou o melhor trimestre encerrado em maio desde 2015; renda do trabalho, no entanto, caiu 7,2%

Por Larissa Quintino Atualizado em 30 jun 2022, 14h29 - Publicado em 30 jun 2022, 09h24

Enquanto manobra para tentar crescer nas pesquisas de intenção de voto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem recebendo alguns ventos mais favoráveis vindos da economia. Porém, os pontos de atenção — a inflação e a renda do brasileiro — seguem dando alertas de preocupação. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 30, a taxa de desocupação ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio, bem menor que os 14,7% do mesmo período do ano passado e a menor para esse trimestre desde 2015, quando foi de 8,3%. O rendimento do trabalho também ficou em queda — e aí que há o problema. Na comparação com o mesmo período do ano passado, recuou 7,2%.

“Essa queda do rendimento anual é puxada, inclusive, por segmentos da ocupação formais, como o setor público e o empregador. Até mesmo dentre os trabalhadores formalizados há um processo de retração”, observa Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE. Segundo a pesquisadora, o movimento pode ser efeito da própria inflação, mas também da estrutura de salários atual dos trabalhadores, com um peso maior de trabalhadores com rendimentos menores e empregos menos qualificados. O rendimento recuou de 2.817 reais, em média, no trimestre encerrado em maio do ano passado, para 2.613 reais agora. 

Do lado das boas notícias — que assim como os dados do Ministério do Trabalhado divulgados na terça-feira serão bastante comemorados pelo comitê de Bolsonaro –, o mercado de trabalho mostra sua recuperação, tanto com a abertura de vagas formais quanto na estrutura informal. Ou seja, há mais gente trabalhando. O número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. Isso equivale a um aumento de 2,3 milhões de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano.

Já a população desocupada, estimada em 10,6 milhões de pessoas, recuou 11,5% frente ao trimestre anterior, o que representa 1,4 milhão de pessoas a menos. No ano, a queda foi de 30,2%, o equivalente menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas. “Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada. Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa retomada ao longo de 2021. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que recupera agora sua expansão em diversas atividades econômicas ”, destaca Beringuy.

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