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3G equivale a um terço das reclamações contra as operadoras de celular

Segundo o Reclame Aqui, operadoras receberam mais de 35 mil queixas sobre a tecnologia de terceira geração em 2014 às vésperas da grande estreia da 4G

Por Marília Carrera
1 jun 2014, 20h58

A melhoria da infraestrutura de telecomunicações era um dos legados que viria no pacote Copa do Mundo. A instalação das redes 4G, que permitem uma velocidade de conexão à internet até dez vezes mais rápida do que as antigas tecnologias, deveria servir para consolidar a 3G no país. Mas o que ocorreu foi o oposto. A 3G ainda é capenga e não está plenamente desenvolvida, afirmam especialistas. Com o aumento das vendas de tablets e smartphones, os problemas de saturação de rede ficaram evidentes. Levantamento realizado pelo site Reclame Aqui a pedido do site de VEJA mostrou que as operadoras Vivo, Oi, Tim, Claro e Nextel totalizaram 35.697 reclamações sobre serviços 3G entre 1° de janeiro e 27 de maio de 2014, um crescimento de 38% ante as 25.833 reclamações registradas no mesmo período de 2013. A participação equivale a um terço do total de queixas contra as operadoras desde o início do ano. No mesmo período, a entrada de novos clientes em telefonia móvel foi inferior a 1%.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não descarta falhas momentâneas ou “apagões” no serviço 3G e 4G devido à grande concentração de usuários nesse período de torneio mundial de futebol no país. A explicação para uma situação dessas é simples: um grande número de pessoas não consegue passar ao mesmo tempo por um “buraco de agulha”. Se isso ocorrer, vai haver indisponibilidade da rede. Mas a agência afirma que as operadoras fizeram testes e experiências para evitar picos de demanda e espera que todas fiquem dentro dos parâmetros de qualidade exigidos por lei.

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O presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, diz que a utilização da 4G será fundamental para desafogar e melhorar a qualidade da 3G, mas que uma pane generalizada é pouco provável. “Em alguns anos a 4G deve substituir a tecnologia 3G e, quando chegarmos neste ponto, já existirá uma tecnologia 5G que irá fazer o que a 4G tem de fazer hoje”, diz Tude. Ou seja, o país está uma geração atrasada. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) afirma que as operadoras investiram em torno de 200 milhões de reais em infraestrutura nos estádios que receberão os jogos.

Cobertura – Na avaliação do presidente da 4G Americas, Chris Pearson, a expansão da infraestrutura física e a disponibilidade de novas faixas de frequências estão entre os fatores que afetam a qualidade do serviços de transmissão de dados no Brasil. Ele explica que o desenvolvimento da infraestrutura e das faixas de frequência pode resultar em melhorias na capacidade da rede, trazendo mais benefícios os usuários. “O Brasil é um líder no segmento de banda larga móvel na América Latina, com 112 milhões de conexões 3G e mais de 2 milhões de conexões 4G. Esses números refletem o esforço contínuo das operadoras em investir nas redes para prover um serviço de mais qualidade a seus clientes”, diz ele.

Reclamações_recorte
Reclamações_recorte (VEJA)
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De acordo com as obrigações estabelecidas no leilão de 4G realizado em 2012, até 31 de dezembro de 2017 a tecnologia de quarta geração deverá estar presente em capitais, municípios e regiões menores, com população entre 30 e 100 mil habitantes. No entanto, apesar da propagação dos terminais 4G, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo afirmou que a cobertura total de 3G no país será possível somente em 2019. “Quando fizemos o leilão da 4G, em 2012, colocamos como obrigação levar internet às áreas rurais”, disse o ministro. “Se o cronograma for seguido, o país deve estar totalmente coberto por 3G até 2019”, completou.

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Qualidade – No ranking do Reclame Aqui, a Vivo recebeu o maior número de reclamações de 3G entre 1° de janeiro e 27 de maio, com 13.999 queixas, alta de 46,3% ante igual período de 2013. A Oi registrou o segundo maior número de reclamações, com 10.520 queixas, elevação de aproximadamente 14% na mesma base de comparação. Claro, Nextel e Tim completaram a lista, com 3.865, 3.665 e 3.648 queixas respectivamente. Segundo a entidade, dentre as principais reclamações feitas pelos consumidores estão a falta de acesso à internet, propaganda enganosa (isto é, a velocidade contratada não condiz com a real), sinal ruim, mau atendimento ao cliente e cobrança indevida. (com reportagem de Naiara Bertão)

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