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‘Voando Alto’ mistura drama e comédia em inusitada trama esportiva

Filme com Hugh Jackman conta a história do esquiador Eddie Edwards, obcecado pela ideia de disputar uma Olimpíada

Por Henrique Castro Barbosa
1 abr 2016, 09h18

Desde criança, Eddie Edwards sonhava em disputar uma Olimpíada. A obsessão do britânico fez com que ele se arriscasse em dezenas de modalidades com o intuito de ser um atleta olímpico. A história dele, entretanto, é bem diferente daqueles que geralmente conquistam uma vaga no evento. Após uma trajetória nada usual, ele conseguiu competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988, em Calgary, no Canáda, em salto de esqui. E essa jornada, que beira o absurdo, é contada com doses de humor e drama em Voando Alto, que chegou nesta quinta-feira ao Brasil,

As primeiras cenas do filme servem, logo de cara, para mostrar a busca incessante do garoto, interpretado por Taron Egerton, de Kingsman. Mesmo com um problema na perna, ele continua a alimentar o sonho quase impossível. Após tirar a aparelhagem que imobilizava parcialmente os movimentos de seu membro, ele inicia os treinamentos para encontrar o esporte ideal. Seu pai, Terry (Keith Allen), se irrita com as tentativas frustradas – que de vez em quando acabam em acidentes – e desacredita do filho, dizendo que ele nunca se tornará um atleta. A mãe, Janette (Jo Harley), é a única que o apoia.

Até que, finalmente, o garoto se encontra no esqui alpino e busca se classificar pelo Reino Unido para competir nos Jogos de Inverno. Após não ser aceito no time, Eddie se adapta para o salto de esqui, modalidade na qual faltam atletas britânicos profissionais. A brecha é a oportunidade perfeita para que ele, como único qualificável do esporte no país, vá aos jogos. Eddie então parte para um centro de treinamento na Alemanha, onde, para variar, se descobre um desastre na categoria. Esnobado pelos outros competidores, o rapaz se aproxima do limpador de neve do local, Bronson Peary (Hugh Jackman), que a princípio também não gosta muito do britânico.

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O antipático Peary é um ex-esquiador de salto, que competiu pelos Estados Unidos, e acaba – a contragosto – ajudando o inglês a melhorar seu desempenho nos pulos. A ajuda leva Eddie a conseguir saltar 61 metros em um evento oficial – marca estabelecida pelo Comitê Olímpico Britânico para que ele possa viajar com a delegação ao Canadá.

Como os acontecimentos são baseados em uma história real, o público sabe desde o início que o esquiador vai conseguir a vaga nos Jogos Olímpicos, mas o grande trunfo do longa é, apesar da obviedade, prender a atenção. O ímã para o espectador é o roteiro cômico. Suas façanhas são mostradas de um jeito engraçado e com grandes e pitorescas reviravoltas, que seguem acontecendo até mesmo durante a participação do esquiador na Olimpíada.

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O protagonista, um deslumbrado, com tom de inocente e esquisitão, se mostra firme na decisão de não desistir frente a todas as situações adversas. A mistura, que retrata Eddie como um exemplo a ser seguido, ao mesmo tempo em que é abobalhado e perdido, é outro ponte forte do roteiro. A mescla de visões sobre o britânico faz com que o personagem não se transforme em um herói inquestionável e ainda confere um ar tolo, que faz rir sem ser ridicularizado.

Além do esquiador, Peary também é engraçado com seu mau humor constante. Sempre com a expressão fechada e uma dose diária de uísque, o indisciplinado americano reflete sobre suas atitudes quando era atleta – muitas das quais encaminharam sua carreira para um final que ele não desejava. A cara de mal, que chega a ser engraçada, é bem explorada por Jackman, que ao longo do filme abandona aos poucos a imagem de durão.

O longa, porém, peca ao passar do ponto na dose de drama. Muitas situações são mostradas com um grau emotivo desnecessário. Afinal, não é necessário um esforço olímpico para saber que, em um filme com trama esportiva, a superação é um clichê quase necessário.

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