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Viúva e filho de Gal Costa chegam a acordo sobre herança da cantora

Os herdeiros Wilma Petrillo e Gabriel Costa brigavam pelo espólio da estrela MPB; documento precisa ser homologado pela Justiça

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 set 2024, 21h06 - Publicado em 18 set 2024, 20h11

Wilma Petrillo e Gabriel Costa, a viúva e o filho de Gal Costa, respectivamente, chegaram a um acordo sobre a herança da cantora, decidindo pela divisão igualitária do patrimônio da estrela da MPB. A mansão onde a família vivia em São Paulo, avaliada em 8 milhões de reais, poderá ser vendida para que cada um receba metade do valor pela venda. Os royalties das músicas de Gal também serão partilhados de forma igual entre os dois herdeiros da artista, entretanto, após a venda da mansão, os valores arrecadados das obras da cantora serão inteiramente de Gabriel.

Wilma e Gabriel chegaram a um acordo que envolvia a desistência do filho dos processos que abrira contra a madrasta. Após a morte de Gal — vítima de um infarto agudo do miocárdio — em novembro de 2022, os dois trocaram acusações, com o jovem questionando as causas da morte e pedindo exumação do corpo para nova autópsia.

O que aconteceu com Gal Costa

Gal Costa, a incomparável musa da Tropicália, morreu em sua residência, em São Paulo, no dia 9 de novembro de 2022, aos 77 anos. Mal o Brasil viveu o susto e a dor da perda, o bem mais precioso deixado pela cantora se viu na berlinda: seu legado musical. A ameaça se deve a uma situação tristemente comum entre artistas brasileiros: uma ruidosa briga entre herdeiros, com filho adotivo de Gal, Gabriel Costa Burgos, e a viúva da artista, Wilma Petrillo, travando uma batalha judicial (e midiática) pelo espólio dela.

Uma juíza paulista descartou o pedido de exumação, mas determinou que fosse aberta uma investigação. Ou seja: a disputa virou caso de polícia. De acordo com o atestado de óbito, assinado pela médica que cuidava de seu tratamento, a cantora baiana foi vítima de “infarto agudo do miocárdio causado por neoplasia maligna (câncer) de cabeça e pescoço”. Gabriel dizia não saber que a mãe estava doente e exigiu uma autópsia — que não foi feita após a morte, como de praxe quando o óbito se dá em casa. Quem negou o procedimento foi Wilma, empresária e companheira de Gal por quase três décadas, alegando que não era desejo dela.

A desarmonia familiar provocou lances controversos. Gabriel, que reconheceu Wilma como segunda mãe e esposa de Gal num processo póstumo de união civil, depois alegou ter sido coagido a fazer a declaração quando era menor de idade e pedia a anulação do documento, assim como a retirada de Wilma do posto de inventariante. No contra-ataque, a empresária pediu uma “perícia psicossocial”, afirmando que Gabriel, 18 anos, estava vulnerável e era manipulado pela namorada, 33 anos mais velha — requerimento que traz depoimento do psicólogo do rapaz. Wilma queria que ele voltasse para casa e ficasse sob seus cuidados. Ele, porém, dizia não estar preocupado. “Gabriel vai provar que está apto a cuidar do patrimônio material e imaterial de sua mãe”, disse a defesa do jovem a VEJA em abril deste ano.

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