Vencedor da Palma de Ouro, cineasta Jafar Panahi é condenado a prisão no Irã
Diretor crítico ao governo autoritário do país está entre os nomes fortes para o Oscar de 2026 com o filme 'Foi Apenas um Acidente'
O diretor iraniano Jafar Panahi foi, mais uma vez, condenado a prisão pelo governo do Irã, acusado de “propaganda” contra o regime. Segundo seu advogado informou à agência AFP, ele foi sentenciado a um ano de prisão e a dois anos sem poder viajar para fora do país. Em maio, Panahi ganhou a Palma de Ouro pelo filme Foi Apenas um Acidente, título cotado para o Oscar do ano que vem e principal concorrente da categoria de melhor filme internacional, na qual o brasileiro O Agente Secreto deve ser indicado. O diretor vai apelar da sentença.
Panahi, que esteve recentemente em São Paulo para a Mostra de Cinema, tem uma agenda concorrida nos próximos meses, divulgando a produção, que vai representar a França no Oscar. Se a sentença não for revertida, ele pode não comparecer às cerimônias de premiação do ano que vem.
Ele foi detido pelas autoridades iranianas pela primeira vez em 2010, quando apoiou protestos contra o governo. Panahi foi condenado a 6 anos de prisão e proibido judicialmente de fazer filmes por duas décadas. Mesmo assim, ele fez, em 2011, o documentário Isto Não É um Filme, rodado dentro de casa e depois contrabandeado por amigos para a Europa. Em 2015, elevou a fórmula com Táxi Teerã, no qual ele conduz um táxi e filma suas conversas com passageiros.
Em 2022, ele foi preso novamente por peitar publicamente a polícia iraniana que havia detido diversos cineastas locais. Ele foi liberado sete meses depois, após uma greve de fome. A experiência da prisão lhe deu material para Foi Apenas um Acidente, filme que estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira, 4.
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