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Um Violinista no Telhado e Tim Maia estreiam em SP

Por Da Redação
6 mar 2012, 10h28

Por AE

São Paulo (AE) – A trajetória é semelhante. Dois musicais que fizeram estrondoso sucesso no Rio, Um Violinista no Telhado e Tim Maia – Vale Tudo, estreiam na sexta-feira em São Paulo. E ambos trazem a marca da superação de seus protagonistas: José Mayer e Tiago Abravanel iniciaram meio titubeantes, pois enveredavam por caminhos novos em suas carreiras. O resultado, porém, foi extremamente positivo, permitindo que Mayer deixasse de lado a fama de galã de novela das 9 para se lançar como ator que canta, além de transformar o jovem Abravanel em uma das grandes revelações do teatro em 2011, apesar de já contar com sete musicais no currículo.

“Hoje, posso cravar sem receio de que é o melhor papel da minha carreira”, comenta Mayer. “Já interpretei Calígula, Jasão, Peer Gynt, do Ibsen, mas nenhum deles me ofereceu o desafio de ampliar minhas possibilidades de ator.” Aos 62 anos e com um visual que destoa do conquistador habitualmente visto na TV – hoje cultiva uma vistosa barba além de manter os cabelos ligeiramente desgrenhados -, Mayer vive, em Um Violinista no Telhado, o leiteiro Tevye, morador de Anatevka, um vilarejo judeu encravado na Rússia czarista, no início do século passado.

Pai de cinco filhas, ele se vê diante de uma crise quando três delas – Tzeitel (Rachel Rennhack), Hodel (Malu Rodrigues/Karina Mathias) e Chava (Julia Fajardo) – desafiam a tradição ao recusar casamentos arranjados. “É o Rei Lear dos musicais”, observa o ator. Enquanto tenta resolver o problema ao lado da esposa Golda, vivida por Soraya Ravenle, Tevye enfrenta ainda uma questão mais grave, que é a hostilidade de grupos russos orientados pelas diretrizes antissemitas do czar. Ou seja, a pacata Anatevka é assolada por perseguidores de judeus.

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Tradições. Considerado um dos grandes musicais dos anos 1960 (foi o primeiro da história do teatro americano a ficar em cartaz por mais de sete anos), Um Violinista no Telhado, que estreia no Teatro Alfa, parte das tradições judaicas para mostrar sentimentos mais gerais, como amor à terra em que se vive e filiação. “Trata-se do primeiro musical americano em que não há glamour como seus antecessores, ou seja, todos os personagens são pobres”, lembra Claudio Botelho que, ao lado de Charles Möeller, é responsável pela criação artística geral do espetáculo – a produção tem a assinatura das empresas Aventura e Conteúdo Teatral.

Com canções de Jerry Bock e Sheldon Harnick e criativa coreografia de Jerome Robbins (mantida na montagem brasileira), o musical estreou na Broadway em 1964 e ganhou uma versão cinematográfica em 1971. A primeira teve Zero Mostel no papel principal, enquanto para a tela grande o eleito foi Topol, dono de interpretações que se tornaram hits de musicais. “Tevye exige uma das maiores entregas vocais de personagens masculinos entre os espetáculos da Broadway”, explica Claudio Botelho. “Suas canções se alternam entre temas judaicos suaves e bem-humorados (como If I Were a Rich Man), passando por fortes e dramáticos solilóquios e chegando ao extremo lirismo em um emocionante dueto com a mulher Golda (Do You Love Me?).”

“Topol deixou uma marca poderosa que, se não deve ser rigorosamente seguida, também não pode ser desprezada”, comenta Mayer, que sempre quis participar de musicais, um desejo que se intensificou há pelo menos três anos, quando começou a frequentar aulas de canto. “Em 2002, ele foi muito bem na audição que fizemos para Folies, de Stephen Sondheim, que infelizmente não saiu do papel”, conta Charles Möeller. “O convite foi mantido, mas sua participação nas novelas não permitia, até surgir uma brecha.”

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Situação distinta foi vivida por Tiago Abravanel. Conhecido no meio dos musicais paulistas (participou das montagens de Miss Saigon e Hairspray, entre outras), ele ainda não participara de uma produção inspirada em história nacional. Assim, quando o diretor de Tim Maia – Vale Tudo, o Musical, João Fonseca, percebeu a presença do ator de 24 anos na audição e desconfiou: que fazia ali o neto do apresentador Silvio Santos, um branco querendo interpretar Tim Maia?

Bastou Tiago soltar o vozeirão para o diretor não ter mais dúvida. “O fraseado, a expressão, a voz… o Tim já estava ali”, disse Fonseca, que escalou ainda atores para viver figuras célebres como Roberto e Erasmo Carlos, Elis Regina, Jorge Benjor, Carlos Imperial, Chico Buarque. “Nem foram necessárias aulas de canto, todos já vieram totalmente preparados.”

Inspirado no livro Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia (Editora Objetiva), de Nelson Motta, o musical, que estreia no Teatro Procópio Ferreira, acompanha a trajetória de Tim Maia desde a adolescência, quando estava com 13 anos, até sua morte, em 1998, com 55.s informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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