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Último capítulo de Passione reforça as marcas autorais de Silvio de Abreu: suspense e mortes

Disputas familiares, sabotagens, segredos e assassinatos deram o tom na novela. As armas para segurar o espectador são as mesmas desde 'A Próxima Vítima', de 1995

Por Da Redação
14 jan 2011, 18h30

Passione, a 15º novela escrita por Silvio de Abreu, chega ao fim nesta sexta-feira (14) reafirmando duas das marcas principais do autor: o suspense e as mortes. Desde 1995, com A Próxima Vítima, o autor, que começou a carreira nos anos 1970 escrevendo roteiros de pornochanchadas tem afiado a sanha de matar personagens e enredar uma teia de suspeitos por motivos variados, dos mais banais aos mais graves.

Dessa forma, Abreu conseguiu mobilizar os espectadores e marcar personagens na história da teledramaturgia brasileira em novelas como Torre de Babel (1998), Belíssima (2005) e agora em Passione, em cuja história três corpos se amontoam – Eugênio (Mauro Mendonça), Saulo (Werner Schunemann) e Mirna (Kate Lyra).

Os nomes marcantes são quase sempre vilões. Em Passione, a dupla Fred (Reynaldo Gianecchini) e Clara (Mariana Ximenes) ficou a cargo do saco de maldades principal que incluiu sabotagem, disputas familiares, vingança e assassinatos.

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Em Passione, contudo, um segredo permeou boa parte dos quase duzentos capítulos e alimentou a curiosidade dos espectadores para além da lista de prováveis assassinos, como é de praxe. O personagem Gerson (Marcelo Anthony), filho da matriarca Beth Gouveia (Fernanda Montenegro), viu-se envolvido num jogo de suspense e segredo que, antes de ser revelado, prometia ser mais grave que a realidade criada pelo autor.

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Um trauma de ordem sexual levou o público a apostar nas coisas mais sórdidas possíveis. Um estranho desejo ligado a cheiros e sujeira esfriou os espectadores que, até instigados por Silvio de Abreu, esperavam uma quebra de parâmetros no que diz respeito a escândalos nas novelas de horário nobre. Não foi o caso.

Os altos e baixos da trama foram replicados pela audiência. Antes de fincar pé nos 37 pontos de Ibope na grande São Paulo, no terço final, a novela capengou na casa dos 30. Nos últimos dias, a requentada discussão sobre quem matou quem e como será o fim de vilões e mocinhos renovou o fôlego e a audiência chegou a 54 pontos.

Não foi, portanto, o que se pode chamar de grande novela, dessas que mobilizam o país como o próprio autor já foi capaz de fazer no passado, em A Próxima Vítima, com 11 assassinatos, ou em Torre de Babel. Mas teve o mérito de manter viva uma forma de entretenimento que, dada a concorrência cada vez mais acirrada de gadgets, filmes e a internet, encontra cada vez mais dificuldade para prender espectadores por tantos meses.

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