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Tommy Lee Jones surpreende com western feminista

O ator apresentou ‘The Homesman’, estrelado por Hilary Swank, em competição

Por Mariane Morisawa, de Cannes
18 Maio 2014, 19h43

Dava para esperar tudo do ator Tommy Lee Jones em sua segunda incursão atrás das câmeras depois de Três Enterros (2005). Mas um western feminista é realmente uma surpresa. Só por isso, The Homesman, baseado no romance Glendon Swarthout e exibido em sessão de imprensa na manhã deste domingo, já deve chamar a atenção do júri presidido pela cineasta Jane Campion.

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No Estado do Nebraska, no século 19, Mary Bee Cuddy (Hilary Swank) vive sozinha num rancho no meio do nada. Ela cuida dos animais, limpa, tira a água, cozinha. Mas é uma mulher educada, que costumava tocar piano. Muito prática e cansada de esperar pretendentes ela mesma resolve propor casamento a potenciais candidatos, que, em geral, assustam-se, chamam-na de mandona e preferem trazer suas noivas do Leste. Em pouco tempo, sem grandes perspectivas, Mary Bee se voluntaria para levar a outro lugar três dessas mulheres do Leste (interpretadas por Miranda Otto, Sonja Richter e Grace Gummer, filha de Meryl Streep, que faz uma pequena participação no final). Elas enlouqueceram depois de trazidas para se casar com homens brutos e enfrentar todo tipo de dificuldade, inclusive a perda de bebês por doenças. No meio do caminho, topa com George Briggs (o próprio Tommy Lee Jones), que foi expulso de uma casa que ocupava ilegalmente. Em troca de 300 dólares, ele topa ajudá-la a atravessar um território ocupado por índios e por todo tipo de bandido.

A paisagem desolada, com uma linha horizontal dividindo terra e céu, é um aspecto fundamental do filme, com fotografia do mexicano Rodrigo Prieto. Nessa terra de ninguém, parece difícil sobreviver hoje, que dirá para uma mulher do século 19. Para o diretor, estão ali as raízes da situação da mulher hoje em dia nos Estados Unidos.

A história é cheia de surpresas, uma raridade no cinema de agora. Em princípio, Briggs parece ser aquele cínico e egoísta clássico, que vai se redimir ao cuidar de três mulheres necessitadas. Mas na verdade a transformadora é mesmo Mary Bee, uma mulher à frente de seu tempo. O mais incrível é que Tommy Lee Jones, conhecido como um dos sujeitos mais mal humorados de Hollywood, ainda inclui aqui e ali uns momentos de graça nessa realidade tão dura.

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