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Thiago de Mello, poeta que celebrava a Amazônia, morre aos 95 anos

Nascido no interior do Amazonas, autor ficou conhecido por usar a poesia para falar sobre a floresta e dar visibilidade à sua terra natal

Por Amanda Capuano Atualizado em 17 jan 2022, 17h39 - Publicado em 14 jan 2022, 12h57

Morreu nessa sexta-feira, 14, o poeta amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos. Thiago faleceu em sua casa, em Manaus, e a causa da morte não foi informada. Por meio das redes sociais, o governo do Amazonas decretou luto oficial de três dias no estado e prestou condolências à família.

Nascido em Barreirinha, no interior do Amazonas, Thiago é um dos poetas mais reconhecidos da região, e ficou famoso por usar a poesia como uma forma de defesa da floresta. Seu poema mais famoso, Os Estatutos do Homem, foi escrito logo após a instauração da ditadura militar no Brasil, e se espalhou pelo mundo ao ser traduzido para diversos idiomas. “Fica decretado que agora vale a verdade/que agora vale a vida/ e que de mãos dadas/ trabalharemos todos pela vida verdadeira”, diz a primeira estrofe.

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Preso pela ditadura, o poeta se exilou no Chile, onde entrou em contato com o escritor Pablo Neruda, com quem estabeleceu uma amizade e parceria literária de anos. Além da temporada chilena, Thiago também morou na Argentina, Portugal, França e Alemanha antes de retornar ao Brasil com o fim do regime militar. Em 1975, ainda durante a ditadura, foi reconhecido por sua luta em prol dos direitos humanos pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, que o aclamou pelo livro Poesia Comprometida com a Minha e a Tua Vida.

Fora da poesia, usou a prosa para dar visibilidade ao Amazonas e suas floresta. Em 1984, publicou o livro Manaus Amor e Memória (clique para comprar), que foi seguido por Amazonas, Pátria da Água, de 1991, e Amazônia — A Menina dos Olhos do Mundo, de 1992. Sua última obra, Notícias da Visitação que Fiz no Verão de 1953 ao Rio Amazonas e seus Barrancos (clique para comprar), foi publicada em 2021.

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No ano passado, quando completou 95 anos, Thiago foi homenageado pela prefeitura de Manaus em uma exposição virtual que celebrava sua obra e e a relação com a região. No mesmo ano, foi homenageado pela 34º Bienal de São Paulo, que usou o verso ‘Faz escuro mas eu canto’ como tema do evento. O verso faz parte do poema Madrugada Camponesa, lançado em 1965. A obra, inclusive, ganhou uma versão musical no mesmo ano de seu lançamento, fruto de uma parceria do poeta com o músico Monsueto Menezes.

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