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Spotify inaugura casa de música para gravar cantoras iniciantes

Localizado em São Paulo, espaço terá estrutura com bandas e equipes técnicas de produtoras e engenheiras de som – totalmente formadas por mulheres

Por Diego Andrade Atualizado em 10 jul 2019, 16h33 - Publicado em 5 jul 2019, 17h57

Uma casa localizada na zona oeste de São Paulo vai receber 24 artistas mulheres em início de carreira que buscam seu espaço no mundo da música. O projeto da Casa de Música Escuta as Minas é da gigante da música por streaming Spotify, que criou uma estrutura com bandas e equipes técnicas de produtoras e engenheiras de som – totalmente formadas por mulheres – para auxiliar no processo criativo das cantoras que eles consideram apostas.  

A ideia do projeto, o primeiro do tipo que o serviço de streaming lança no mundo todo, é que cada uma das artistas passe uma semana no local para gravar um single. A casa abriga um estúdio de gravação, uma sala de mixagem e espaços para workshops em um ambiente que se propõe a ser jovem – com objetos já considerados vintage, como máquina de escrever e fitas cassete, além de uma piscina de bolinhas no banheiro.

Os trabalhos no estúdio começaram em junho, com doze cantoras escolhidas por um comitê interno da empresa. Elas representam gêneros musicais diversos, como hip hop, funk, rock, pop, sertanejo e gospel, e têm trabalho autoral, mas não contrato com gravadoras. São elas: 1LUM3, Ni Munhoz, Bárbara Amorim, LUDI, Bibi Caetano, Souto MC, Marujos, Urias, Nina Oliveira, Samantha Machado, The Monic e Luana Marques. A partir de setembro, outros doze nomes poderão participar, mas dessa vez elas serão selecionadas a partir de um processo seletivo aberto para quem quiser se inscrever. 

Gabriela Lancellotti, head de marketing do serviço de streaming, conta que a diversidade musical não foi a única preocupação na hora de selecionar as cantoras. “A diversidade de minorias também estava muito dentro da pauta”, afirmou em entrevista a VEJA. “A gente tem a Souto MC, que é descendente de indígena, tem a Urias, uma artista trans, tem todo o tipo de mina possível.”

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Negra Li, Priscilla Alcântara, MC Pocahontas e a dupla Maiara & Maraísa participarão como “madrinhas” das participantes, auxiliando-as com com dicas e conversas sobre carreira. “Ter uma rede de apoio formada por pessoas que já têm certa proeminência na indústria da música é muito importante para quem está começando”, afirma Gabriela.

Quadros expostos na Casa de Música Escuta as Minas, do Spotify
Quadros expostos na Casa de Música Escuta as Minas, do Spotify (Diego Andrade/VEJA.com)

O projeto Escuta as Minas existe desde o ano passado, como forma de campanha de impacto social, que reunia artistas como Karol Conká, Elza Soares e As Bahias e a Cozinha Mineira em uma gravação inédita pela igualdade de gênero no mundo da música. A ideia surgiu por conta de um estudo realizado pela Iniciativa de Inclusão Annenberg, que apontou que, em 2017, apenas 16,8% dos músicos eram mulheres. Dos 651 produtores considerados no estudo, apenas 2% eram do sexo feminino.

Para a rapper Souto MC, a situação das mulheres no hip hop está “menos pior”: “A gente tem tido muitas oportunidades justamente por essa teia de mulheres que tem crescido”, afirmou a MC em entrevista a jornalistas durante visita ao espaço. “Mas não é mais fácil, é menos pior pelo trabalho que a gente tem feito há muitos anos e que outras mulheres fizeram também. E ainda tem muito para caminhar.” 

Ela conta que queria trazer a questão da identidade para esse primeiro single que está gravando na casa, utilizando instrumentos característicos de rituais indígenas. “Eu quero que outras pessoas indígenas que escutem se sintam nessa música.”

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