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SPFW aposta nos tons escuros e no básico em seu primeiro dia

Evento segue tendência internacional de apresentar roupas menos conceituais -- e mais próximas às vendidas nas lojas

Por Da redação
Atualizado em 14 mar 2017, 09h43 - Publicado em 14 mar 2017, 09h43

A São Paulo Fashion Week (SPFW), principal evento internacional do setor no Brasil, iniciou sua 43ª edição, nesta segunda-feira, com uma mistura de tons escuros e sombrios na maioria dos desfiles. Em alguns casos, aos tons sóbrios se combinaram tecidos inovadores de alta tecnologia.

O mais obscuro de todos os desfiles foi assinado pelo estilista brasileiro João Pimenta, que mostrou uma coleção masculina de roupas casuais com cortes inspirados em figuras geométricas. A inspiração foi eminentemente gótica, com peças confeccionadas para ter volume e até uma certa estrutura na parte inferior do corpo, e ao mesmo tempo ser justa no tronco e nos ombros. Pimenta fez uso de tecidos inovadores baseados em membranas impermeáveis criadas a partir do náilon, que permitem a transpiração, mas impedem a passagem de água, e de neoprene biodegradável de dupla face, confeccionado por uma máquina semelhante a uma impressora 3D.

Algumas das peças foram decoradas com estampas do artista Roberto Alencar e do ilustrador André Júnior, cujos desenhos apresentaram uma rocha de areia, recriando a atmosfera de uma velha escola. Os óculos de sol completamente redondos e escuros, assim como os penteados completamente uniformes e cortados do mesmo padrão, também ajudaram para sustentar a atmosfera gótica, que serviu de inspiração para esta coleção. O desfile contou com a presença do prefeito de São Paulo, João Doria, que chegou segundos antes do início do evento, realizado no remodelado Pavilhão da Bienal.

O evento se adaptou este ano ao conceito “See now, buy now” (Vejo agora, compro agora), que tende a se impor nas passarelas internacionais, com coleções que chegam nas vitrines imediatamente após os desfiles

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A São Paulo Fashion Week volta para este espaço, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, após ter sido realizado nas edições anteriores em uma tenda gigante na Arena de Eventos do Parque do Ibirapuera.

Depois de Pimenta, a estilista Lilly Sarti, outra figura frequente nos últimos anos no evento, seguiu com o preto como cor escolhida, mas sua coleção feminina evoluiu progressivamente para tons que oscilavam entre o marrom e o azul. Seus cortes combinaram as acima do joelho com calças largas e camisas soltas, que cobriam até o pescoço na maioria dos casos.  Na carta de apresentação do desfile, ela disse ter se inspirado no “corpo contemporâneo, urbano e cosmopolita”, e pensado em suas peças “como uma segunda pele, que se encaixa, redesenha e recria” a silhueta feminina natural.

Na sessão da manhã, Raquel Davidowicz utilizou o vermelho intenso e o preto-azeviche para mostrar suas criações de tecidos leves na Pinacoteca de São Paulo, em um ambiente tranquilo, sem música. Seu coleção para o inverno 2017 abriu também com uma rigorosa e sofisticada silhueta preta, passando para o branco, pouco visto neste primeiro dia, e acabando com a paixão dos tons vermelho, preto e mais cinzentos. Os finos tecidos de tafetá se combinaram com outros mais grossos, através de casacos acolchoados de lã de pele artificial, que incluiu a proposta mais descontraída ligada a um estilo informal.

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Antes, a Animale havia aberto a SPFW com desfile do estilista Vitorino Campos, que apresentou uma coleção inspirada no dia a dia da mulher brasileira mas com referências constantes às cidades italianas de Florença, Veneza, Roma e Milão. As peças, mais urbanas e jovens, estiveram carregadas de contrapontos com criações de linhas rígidas marcadas pelo couro e outras mais flexíveis, como transparências, e até envenenadas, como pode ser visto com o uso do tecido imitando ação de pele de serpente, em algumas das bolsas.

A SPFW abrigará 31 desfiles durante estes cinco dias com a presença nesta edição de seis novas marcas para a temporada Inverno-Outono 2017. O evento se adaptou este ano ao conceito “See now, buy now” (Vejo agora, compro agora), que tende a se impor nas passarelas internacionais, com coleções que chegam nas vitrines imediatamente após os desfiles.

(Com agência EFE)

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