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Sony Pictures tem prejuízo de 187 milhões de dólares

A perda foi resultado de faturamentos menores na área de lançamentos domésticos (como DVDs e blu-rays) e da menor quantidade de licenciamentos de programas de TV

Por Da Redação
29 out 2015, 17h06

A Sony Pictures, divisão de cinema e televisão da empresa japonesa, teve perda de 187 milhões de dólares no segundo trimestre fiscal do ano, de julho a setembro. Segundo a Sony, o prejuízo foi resultado de faturamentos menores na área de lançamentos domésticos (como DVDs e blu-rays) e da menor quantidade de licenciamentos de programas de TV. As informações são do site da revista The Hollywood Reporter.

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Com o resultado, a Sony Pictures reduziu os ganhos previstos para o ano, para 290 milhões de dólares. “Há duas razões para as revisões: a primeira é que antes estavam otimistas demais e a outra é que novas franquias de peso que estávamos planejando fazer não serão feitas”, explicou Kenichiro Yoshida, diretor financeiro da Sony. “Os lançamentos que esperávamos ser os grandes hits do ano não alcançaram sucesso, o que significa que ganhos com lançamentos domésticos, jogos e outros produtos serão afetados.”

O melhor lançamento da Sony no cinema no período foi Pixels, estrelado por Adam Sandler, que arrecadou 240 milhões de dólares no mundo. Apesar disso, a bilheteria do filme decepcionou, principalmente nos Estados Unidos, onde arrecadou 78 milhões de dólares, frente a um custo de produção de 88 milhões de dólares. A animação Hotel Transilvânia 2 superou a arrecadação global de Pixels, mas foi lançada apenas em 25 de setembro na maioria dos países, um dos últimos dias considerados no trimestre.

Parado no tempo

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Aos 48 anos, Adam Sandler parece interpretar o mesmo personagem “jovem-adulto” dos filmes que lhe deram sucesso no final dos anos 1990 e início da década seguinte, como O Rei da Água (1998), O Paizão (1999) e A Herança de Mr. Deeds (2002), longas que juntos arrecadaram 592 milhões de dólares em todo o mundo. Quando tentou fazer papeis mais sérios como em Homens, Mulheres e Filhos (2014) e Tá Rindo do Quê (2009), a arrecadação decepcionou. O primeiro fez apenas 2,2 milhões de dólares ao redor do mundo, e o segundo, que custou 75 milhões, arrecadou 71,5 milhões de dólares. 

Sandler para menores

Com o tempo, o mote das comédias mudou e ficou, digamos, mais adulto. Houve, por exemplo, uma leva de longas que tratavam de “bromance” – a quase colorida amizade entre homens — graças ao diretor Judd Apatow. Amigo de Sandler, Apatow dirigiu filmes como O Virgem de 40 Anos (2005) e Ligeiramente Grávidos (2007), ambos classificados para maiores de 18 anos nos Estados Unidos. O problema é que Sandler não conseguiu se inserir nesses filmes mais “adultos”. Quando ele se arrisca em longas com classificação para maiores de idade, a bilheteria fica aquém do esperado, como em Este É o Meu Garoto (2012), que custou 70 milhões de dólares e arrecadou só 57 milhões em todo o mundo.

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Diga com quem andas…

Parcerias repetidas nos cinemas são comuns, como as de David O. Russel e Jennifer Lawrence e de Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio. Mas, no caso de Sandler, isso não tem sido muito bom. Ele atua frequentemente com as mesmas pessoas e dá a impressão de sempre fazer os mesmos filmes.  Os atores Rob Schneider (Como se Fosse a Primeira Vez) e David Spade (Gente Grande) são alguns dos “amigões” de Sandler que regularmente aparecem em seus filmes, mesmo que para fazer uma ponta. Ao lado do roteirista Norm MacDonald (Trabalho Sujo), outro constante parceiro, o trio vai atuar em The Ridiculous Six, filme produzido pela Netflix que já foi acusado de racismo.

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Comunicação ruim

Celebridades como Joaquin Phoenix e Robert Downey Jr. têm certa aversão à imprensa. Mas, no caso de Sandler, o caso parece patológico. Irritado com as críticas a seus longas — normalmente justas –, o ator estabeleceu uma política de não dar entrevistas, além de ignorar revistas e jornais no lançamento de um filme. Hoje as redes sociais permitem que ele crie um canal direto com os fãs, sem intermédio da imprensa, mas ele tampouco liga para isso. Sandler deixa seus perfis sob a responsabilidade de outras pessoas, tornando-os plataformas de publicidade e não de comunicação.

Ele estagnou na zona de conforto

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Não se pode dizer, contudo, que Sandler não tentou mudar. No início dos anos 2000, ele se arriscou em filmes que fogem do seu padrão de comédia ao se juntar com diretores de renome. Ao lado de James L. Brooks, vencedor do Oscar de melhor diretor por Laços de Ternura (1983), ele atuou em Espanglês (2004), sobre uma imigrante mexicana que chega aos Estados Unidos com sua filha e trabalha para a família do personagem de Sandler. Em Embriagado de Amor (2002), o ator foi dirigido por Paul Thomas Anderson, indicado ao Oscar de melhor diretor neste ano por Vício Inerente (2014). Mas isso foi tudo. Desde essas duas parcerias, Sandler não saiu da zona de conforto. Para a sorte dele, bilheteria não será uma obrigação para The Ridiculous Six, que a Netflix lança em dezembro. Isso o deixará mais tranquilo, já que assinou com a empresa para realizar mais quatro filmes.

(Da redação)

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