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Sofia Coppola narra história de sedução na Guerra Civil americana

'O Estranho que Nós Amamos' traz Colin Farrell) no papel de um soldado refugiado numa escola de mulheres – que acaba envolvendo a todas

Por Isabela Boscov Atualizado em 6 ago 2017, 08h00 - Publicado em 6 ago 2017, 08h00

Reportagem da edição desta semana de VEJA aborda o novo filme da diretora americana Sofia Coppola, O Estranho que Nós Amamos (The Beguiled, Estados Unidos, 2017), que estreia no país na quinta-feira 10. Cineasta que não gosta do caminho mais direto mas sabe aonde quer chegar, Sofia pinta uma Arcádia no sul americano da Guerra Civil: em uma escola para meninas regida com rigor maternal pela senhorita Martha (Nicole Kidman), a fumaça das batalhas é perceptível — mas a distância, obscurecida pelo musgo que pende das árvores e filtra a luz, protegendo do olhar a mansão ocupada por sete mulheres. Capinando a horta, carregando água (os escravos fugiram fazia tempo) ou conjugando verbos em francês, Martha, a professora Edwina (Kirsten Dunst) e as cinco alunas veem as fileiras de soldados passar — sempre do lado de fora. Quando algum deles toca o sino, Martha esconde as meninas e abre a porta com um revólver na cintura. Mas é na forma de erotismo, não de intimidação, que o sexo oposto vem se instalar no interior do casulo feminino. Amy (Oona Laurence), uma das alunas mais jovens, recolhe da mata John McBurney (Colin Farrell), um soldado nortista gravemente ferido. É duvidoso que ele sobreviva, mas Martha tira o chumbo de sua perna, costura a ferida e, enquanto ele está desacordado, o banha — e fica ela própria encharcada de suor com o contato íntimo. A toda hora, Martha afirma que vai entregar o nortista como prisioneiro às forças sulistas. Mas nem ela nem suas protegidas querem se privar dessa inesperada (e muito bem-apessoada) presença masculina.

Baseado no romance de 1966 do americano Thomas Cullinan, e também no filme homônimo que Don Siegel dirigiu e Clint Eastwood estrelou em 1971, O Estranho que Nós Amamos, repropõe o conceito do material original por meio de uma sutil mudança. Ainda que, como Eastwood, Farrell faça o papel de único galo do terreiro, a sua figura agora é muito mais reativa e suave do que propositiva e agressiva. McBurney admite ser desertor, e deixa claro que adoraria permanecer onde está, em troca de trabalho — e talvez de algo mais. “Suas rosas precisam de atenção”, diz ele, numa double entendre casual. Como persuasão, o soldado estuda suas anfitriãs e dá a cada mulher precisamente aquilo que ela deseja. Com Martha, é todo cavalheirismo e admiração. À insatisfeita Edwina, ele acena com romance. Para a indócil Alicia (Elle Fanning), dirige os olhares libidinosos. Amy ganha atenção fraterna e a perfeccionista Jane (Angourie Rice), elogios.

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