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Sob pressão, livrarias apostam em aeroportos e internet

Redes Saraiva e Fnac vão abrir novas lojas em terminais, enquanto a Cultura investirá em e-commerce

Por Da Redação
5 Maio 2014, 10h00

Embora as livrarias brasileiras não tenham enfrentado no mercado local o nascimento de uma loja virtual que em um piscar de olhos passou a dominar o setor, como ocorreu nos Estados Unidos com a Amazon, a regra atual das redes no país é a reinvenção. Com resultados mais magros em 2013, as livrarias não viram outra alternativa a não ser transformar o modelo de negócio para manter um lugar ao sol.

Para ampliar as ocasiões de consumo, grandes lojas estão investindo na criação de modelos compactos – em aeroportos, por exemplo -, com um leque de produtos que vão de eletrônicos a artigos para viagem. E nem os tradicionais cafés das livrarias, que servem para completar a experiência de compra, foram poupados. Agora, eles sozinhos não bastam. É preciso atrair restaurantes de chefs renomados para se instalar entre as prateleiras de livros.

Os números do setor livreiro expuseram a necessidade de mudança. A Fnac, que passa por ajustes aqui e no exterior, conseguiu ter pequeno lucro operacional em 2013, de pouco mais de 2 milhões de reais, apesar da queda de 1% nas vendas. Já a Saraiva viu a receita crescer 12%, para quase 1,7 bilhão de reais, mas despesas não recorrentes levaram a operação de livrarias a um prejuízo de 16 milhões de reais em 2013.

A Livraria Cultura faturou 450 milhões de reais no ano passado, um crescimento superior a 10%, mas o ritmo de expansão caiu a cerca da metade do visto em 2012. A Livraria da Vila não revela números, mas fontes afirmam que é pouco provável que seu desempenho tenha sido muito diferente do apresentado pelo restante do setor.

Internet – Cientes de que precisam aumentar o faturamento na web, as livrarias Vila e Cultura devem interromper a abertura de lojas em 2014 para investir no online. A Cultura vai investir 8 milhões de reais em um novo e-commerce que deverá estrear ainda no primeiro semestre, de acordo com Sergio Herz, presidente da rede e filho do fundador Pedro Herz. Segundo ele, duas inaugurações de lojas físicas estavam previstas para este ano, mas a rede pretende empurrar a expansão para 2015. “Nosso objetivo é crescer muito no online”, diz.

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O investimento na internet, no entanto, não elimina a necessidade de renovação das lojas. Para fazer o dever de casa, a Livraria Cultura vai inaugurar nos próximos meses uma unidade do celebrado restaurante Maní, da chef Helena Rizzo, dentro da sua unidade no Iguatemi, shopping de luxo de São Paulo. Um espaço ao ar livre para crianças também está sendo planejado. “Hoje a pessoa se pergunta duas vezes antes de ir à loja. Por isso, é necessário oferecer uma experiência interessante ao consumidor”, diz Herz.

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Aeroportos – Já a Saraiva e a Fnac devem se “esbarrar” na busca para abrir mercados. Ambas têm projetos de lojas menores, de olho no programa do governo de renovar aeroportos com a concessão de terminais à iniciativa privada. As duas redes vão disputar, já nos próximos meses, a preferência do cliente no aeroporto de Guarulhos. A Saraiva já abriu uma unidade na área pública do aeroporto, e a Fnac vai inaugurar uma loja no novo free shop do terminal.

Com o movimento, as duas vão tentar ocupar pelo menos parte do espaço deixado pela Laselva, que sempre dominou este mercado, mas entrou em recuperação judicial em junho do ano passado e está sendo obrigada a abrir mão dos pontos que ocupava.

A Saraiva também já está apostando alto em Viracopos, terminal próximo a Campinas que, a exemplo de Guarulhos, está na fase final de uma grande reforma. A empresa vai abrir cinco lojas no local, uma para cada “momento” do passageiro dentro do aeroporto. Haverá unidades maiores na área pública do terminal e na área de embarque de Viracopos, além de pequenos boxes de até 50 metros quadrados situados em diferentes pontos, caso o passageiro precise de alguma coisa antes de entrar no avião.

(Com agência Estado)

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