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Shakira adia show em Israel e movimento de boicote comemora

Cantora atendeu a organização que pede a suspensão de relações culturais, comerciais e esportivas até que Israel se retire dos territórios palestinos

Por agência EFE
29 Maio 2018, 10h00

A cantora colombiana Shakira confirmou que adiará o show que tinha previsto oferecer em Israel e o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que tinha solicitado o cancelamento, comemorou o anúncio. “A data da chegada de Shakira a Israel foi adiada”, afirmou a produtora musical “Arbel”, encarregada de organizar o concerto, que estava previsto para 9 de julho, em uma breve mensagem em nome da cantora. “As partes estão conversando para coordenar uma nova data.”

A Campanha Palestina para o Boicote Acadêmico e Cultural de Israel (PACBI, por sua sigla em inglês, que faz parte do movimento BDS) agradeceu o gesto e garantiu que “centenas de câmaras municipais e organizações culturais palestinas, assim como milhares de admiradores e ativistas do boicote (…), pediram a Shakira que cancelasse”.

Esta organização, que pede boicote e a interrupção de relações culturais, comerciais e esportivas com Israel até que se retire dos territórios palestinos, afirmou hoje que os artistas, “especialmente os embaixadores da Boa Vontade da ONU”, como Shakira, “têm um dever moral de não ser cúmplices na hora de ocultar as violações de direitos humanos”.

Na semana passada, o cantor Gilberto Gil cancelou o concerto que ia ser celebrado em 4 de julho em Tel Aviv após considerar que o país atravessa “um momento delicado”.

Além do artista baiano, outras personalidades do mundo da cultura manifestaram recentemente rejeição a Israel pela ocupação dos territórios palestinos, algum deles por ação direta do BDS, como o dramaturgo português Tiago Rodrigues, que cancelou sua participação no Festival Israel em Jerusalém, ao qual tinha confirmado presença

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Enrique Iglesias, no entanto, tocou no domingo em Tel Aviv apesar dos chamadas ao boicote e afirmou à Agência Efe que ele “segue política como qualquer outra pessoa, mas não significa que não possa cantar em um país pela sua política”.

A atriz americana Natalie Portman recusou recolher no mês que vem o prestigiado prêmio Gêneses porque acredita que não poderia visitar o país “com a consciência tranquila” e Paul McCartney, agraciado com o prêmio Wolf de Música, também disse recentemente que não irá recebê-lo em 31 de maio, por problemas de agenda.

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