Sertanejo de Facebook fez um único show, mas já tem um milhão de fãs

O bacharel em direito conta como pôs em prática a estratégia de investir na internet para alavancar a carreira de cantor. Ele já tem 1 milhão de fãs no Facebook, mas só na semana passada fez seu primeiro show ao vivo

Por Fabrício Lobel
1 dez 2012, 08h02

Maia: "que barzinho, que nada" — Maia: (Laílson Santos/VEJA)

Como surgiu a ideia de usar a rede para ficar famoso?

Como todo cantor iniciante, eu cheguei a me apresentar em barzinhos, tocar aqui e ali, mas vi que não passava disso. Aí, por sugestão de um amigo, decidi tentar fazer o mesmo que fizeram Adele e Justin Bieber: focar a rede. Lá fora esse caminho é conhecido, mas o mercado musical brasileiro ainda não acredita muito nele.

O que você fez para conquistar os seus primeiros fãs on-line?

Primeiro, gravei e publiquei meus vídeos no Facebook. Aí, passei a conversar todos os dias com quem curtia os clipes. No começo, eu conseguia falar com todo mundo. Sabia a idade de cada fã, o que cada um estudava na faculdade.

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E contava sobre o meu dia, fazia bate-papo ao vivo pela webcam. Cheguei a organizar um sorteio entre eles para um jantar romântico comigo. Quem ganhou foi uma senhora de 65 anos. Com isso, meu nome foi crescendo na rede social, as pessoas foram ficando curiosas e o número de fãs foi aumentando.

Qual o seu estilo?

Sou um sertanejo tradicional, romântico. Quero falar de amor. Minha maior referência é Leandro e Leonardo. Quando eu era criança, cheguei a conhecer o Leandro, ele virou meu ídolo.

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Você compõe?

Não. Por enquanto, procuro compositores para escreverem músicas para mim.

Por que você não vende os seus CDs?

Eu prefiro distribuir de graça e deixar os links disponíveis. Ajuda a divulgar o meu trabalho. Mas tenho outros produtos à venda. Lancei camisetas, canecas, capas de notebook, tudo com meu rosto. Não sou hipócrita: sei que minha beleza ajuda.