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Sensível, ‘Carol’ ganha pontos pela força das protagonistas

Filme estrelado por Cate Blanchett e Rooney Mara narra o romance entre duas mulheres na década de 1950

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 jan 2016, 07h56

Atrás do balcão de uma loja de departamento, usando um ridículo gorro de Papai Noel, Therese Belivet (vivida pela atriz Rooney Mara) se distrai com a presença de uma cliente. Bela, imponente e bem vestida, a mulher se move com esplendor pelo espaço sem graça. Só Therese parece percebê-la. Ali, as duas trocam poucas palavras, mas muitos olhares, daqueles que revelam mais do que deveriam. A cena do filme Carol, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, é uma explosão de clichês. Mas há tempos o clichê não era algo tão belo de se ver.

O alvo da admiração de Therese é Carol, vivida por Cate Blanchett. Os olhares intensos e repletos de significados continuarão a conduzir a trama, como um código que representa o amor proibido entre as duas. O cenário é a agitada Nova York, no início da década de 1950. Carol está em processo de se divorciar do marido Harge Aird (Kyle Chandler), com quem tem uma filha. A garotinha se torna moeda de troca na relação, já que Aird não aceita o fim do casamento, muito menos as inclinações homossexuais da esposa.

É no meio do furacão entre o casal que Therese surge. Tímida, jovial e por vezes ingênua, ela se deixa conduzir por Carol, figura que exige admiração, especialmente por parecer tão melhor resolvida que a desajeitada vendedora. A amizade ganha contornos intensos, até que Carol, para fugir dos problemas, decide viajar sem rumo de carro durante as festas de fim de ano. Therese é convidada a ir junto. Ela aceita sem pestanejar. É na estrada e entre um hotel e outro que o romance das duas toma forma e passa de paixonite para algo mais sério.

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Dirigido pelo caprichoso Todd Haynes, o mesmo de Longe do Paraíso, o filme é sensível, bem escrito e esteticamente impecável. A trilha sonora é cativante e a atuação de Cate e Rooney hipnotiza do início ao fim. Desde o Festival de Cannes 2015, as duas estão entre as atrizes mais elogiadas da atual temporada de premiações. Ambas foram indicadas ao Globo de Ouro, ao Bafta e também ao Oscar. A produção, aliás, figura em seis categorias da cerimônia da Academia, mas acabou esnobada entre os selecionados para melhor filme.

Baseado no livro O Preço do Sal, de Patricia Highsmith, o longa usufrui sem medo das antiquadas fórmulas românticas do melodrama. Talvez ai esteja outro trunfo. Desde que o mundo é mundo, o amor, em todas as suas formas, é brega e também maravilhoso.

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