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Sem hits, disco ‘Anti’ apresenta aos fãs uma nova Rihanna

Autoral e intimista, o novo trabalho passa longe do pop dançante de discos anteriores da artista caribenha

Por Rafael Aloi
28 jan 2016, 16h02

Depois de meses de mistério, Rihanna finalmente lançou Anti, seu oitavo álbum de estúdio. Apesar da demora e dos muitos rumores ao redor do trabalho, a cantora surpreendeu ao disponibilizar as faixas para download gratuito no serviço de streaming Tidal nesta quinta-feira. Outra surpresa é que o novo disco chegou com uma proposta bem diferente de tudo aquilo que ela já fez até hoje. Em vez de músicas pop dançantes, daquelas que rapidamente se tornam hit, o álbum apresenta composições mais experimentais, minimalistas e calmas.

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Ao que tudo indica, desde que divulgou o título do disco, Rihanna deu um grande spoiler do que poderia ser esperado: o novo trabalho é sua antítese. A cantora pop conhecida – e até caçoada – por não participar da produção e composição de suas músicas, e se cercar de um time de produtores, como Calvin Harris, Dr. Luke e Sia, agora assina todas as faixas do disco, exceto uma, Same Ol’ Mistakes. A faixa, na verdade, é um cover de New Person, Same Old Mistakes, do Tame Impala.

As letras revelam a já conhecida essência de ousadia de Rihanna, com falas sobre amor, drogas, sexo e frustrações, acompanhadas por melodias cruas, poucas batidas eletrônicas e um leve flerte com o ritmo latino. Logo na primeira canção do disco, Consideration, ela avisa: “Agora eu preciso fazer as coisas do meu jeito. Quando você vai me deixar amadurecer?”. Um ponto positivo da mudança é que a voz da cantora ganhou mais espaço, especialmente nas baladas românticas, caso da faixa Close To You, última do disco, em que ela canta apenas acompanhada de um piano.

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Rihanna também deixou confusos os fãs que esperavam entre as faixas de Anti os três sucessos lançados no ano passado: FourFiveSeconds, American Oxygen e Bitch Better Have My Money. As canções não fazem parte do disco (talvez entrem na versão de luxo) e pouco se relacionam com as novas faixas que fogem dos formatos pop, caso da música James Joint, que tem pouco mais de um minuto, sem refrão, em que ela apenas “declama” 15 versos; ou Woo com quase quatro minutos de duração, em que sintetizadores e gemidos fantasmagóricos ocupam o fundo.

Por enquanto, o disco possui apenas um single oficial, Work, parceria com o rapper Drake. A faixa talvez seja a que mais se parece com os trabalhos anteriores da cantora, não à toa ela foi escolhida para divulgar o álbum. Mesmo que não soe exatamente como um hit pop explosivo, a faixa tem um ritmo hipnotizante, do tipo que prende.

Em Never Ending, Rihanna toma emprestada a melodia da música Thank You, da Dido, mas a transforma em uma versão acústica enquanto canta sobre como é possível se apaixonar novamente depois de uma desilusão. Uma das grandes surpresas é Love On the Brain, a 11ª do álbum, que possui um estilo soul vintage inédito até então na voz de Rihanna. A faixa, aliás, lembra muito Superpower, da Beyoncé, misturada com o som de artistas britânicas. Já a canção seguinte, Higher, é um grande escorregão do disco. Com um fundo de violino, a música é entoada de maneira gritada pela cantora que está bêbada e convida um amante para tomar uísque com ela.

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Rainha de hits, Rihanna parece seguir o passo de outras artistas como Beyoncé e Miley Cyrus, que em seus últimos trabalhos lançaram mão de posturas diferentes e produziram faixas distantes do pop palatável, fácil de ser tocado em rádios. Claro, por serem quem são, elas continuaram nas paradas, mas desistiram da fórmula da canção-chiclete. O mesmo deve acontecer com a cantora caribenha que agora, além de uma personalidade ácida, ostenta um tom de independência criativa.

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