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Em aceno a minorias, Doria cria museus da favela, dos indígenas e LGBTQIA+

Em coletiva nessa segunda-feira, 6, governador paulista anunciou criação das novas instituições e expansão do Museu da Diversidade Sexual

Por Amanda Capuano Atualizado em 6 dez 2021, 13h30 - Publicado em 6 dez 2021, 13h21

O Governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou nessa segunda-feira, 6, durante coletiva, a ampliação do Museu da Diversidade Sexual e a criação de duas novas instituições culturais na capital paulista: o Museu das Favelas e o Museu das Culturas Indígenas. As três instituições foram orçadas em 40 milhões de reais e serão inauguradas em 2022, com um custeio anual estimado em 17 milhões de reais e gerenciamento de organizações sociais de cultura.

Localizado na Estação República do metrô, o Museu da Diversidade Sexual foi lançado originalmente em 2012 com uma área de 100 m², e é a primeira instituição da América Latina voltada para a temática. Com a expansão, que deve ser concluída em julho, a instituição terá seu espaço aumentado para um total de 540 m², além de uma nova sede com localização ainda em processo de definição.

As outras duas instituições também já têm endereço definido. O Museu das Favelas, que será inaugurado em junho, foi idealizado em parceria com a Central Única das Favelas, a CUFA, ficará localizado no Palácio dos Campos Elíseos, na Avenida Rio Branco, com uma área de 8 208 m². O Museu das Culturas Indígenas, feito em parceria com o Instituto Maracá, ocupará o número 451 da Rua Dona Germaine Borchart, ao lado do Parque da Água Branca, em um espaço de 1 400 m². A abertura está programada para março de 2022, com uma exposição inaugural em homenagem a Jaider Esbell (1979-2021), artista brasileiro e ativista dos direitos indígenas que foi destaque da 34ª Bienal de São Paulo e morreu no mês passado, aos 42 anos.

As três instituições contarão com consultoria do curador Marcello Dantas. Segundo Doria, a ideia dos museus partiu de reivindicações das próprias lideranças comunitárias, expostas durante reuniões no Palácio dos Bandeirantes. Com isso, a meta é que a população das favelas, indígenas e membros da comunidade LGBTQIA+ participem ativamente do processo de desenvolvimento das instituições.

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“São museus que mudam a perspectiva com que essas comunidades vêm sendo historicamente tratadas no nosso país,” disso o Secretário de Cultura e Economia Sérgio de Sá Leitão. “Muitas vezes a política pública vêm do gabinete pra rua. A gente está partindo de um processo inverso, em que o protagonismo é dos atores envolvidos. A comunidade LGBTQIA+, as lideranças indígenas e das favelas não estão como coadjuvantes, mas protagonistas,” complementou Preto Zezé, representante da CUFA.

Quando concluídos, os museus serão dotados de áreas de exposição permanente, espaços para mostras temporárias, bibliotecas, centros de capacitação voltados para as respectivas comunidades, restaurantes, cafés, auditórios, centros de pesquisa, entre outros. Questionado se a inauguração das instituições de temáticas progressistas seria um aceno a grupos de centro-esquerda às vésperas de sua campanha presidencial, Dória desconversou e disse considerar os assuntos como “pautas de cidadania.”

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