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‘Salve Jorge’, a novela inesquecível

Não foi só no Ibope que o folhetim de Glória Perez não convenceu, com média de audiência de menos de 35 pontos, contra 39 da antecessora, mas também no roteiro cheio de furos, no excesso de personagens e no tema batido

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 Maio 2013, 14h47

Há quem diga que Salve Jorge, novela de Gloria Perez que chega ao fim nesta sexta-feira como a pior do horário das nove da Globo nos últimos anos, ao menos quatro pontos atrás das antecessoras Avenida Brasil e Fina Estampa no Ibope da Grande São Paulo e com uma marca notável de furos no roteiro, já vai tarde.

Pura maldade. Salve Jorge é uma novela inesquecível.

Afinal, quem conseguirá tirar da memória os cabelos mutantes de Morena (Nanda Costa), que apareciam volumosos e cacheados quando ela corria pelas montanhas da Turquia, mas se amuavam e se encompridavam nas cenas rodadas em ambiente fechado, como se ressentidos da falta de luz solar? Ou a maneira como ela deu à luz, em uma caverna, sem nem mesmo tirar o shortinho que vestia? Coisas incríveis que só Glória Perez faz por você.

ENQUETE: Quem deve morrer na reta final de ‘Salve Jorge’?

E quem irá se esquecer da maléfica e robótica Lívia, talvez a pior atuação de Claudia Raia em toda a carreira, que geria uma verdadeira holding do tráfico – além de engabelar meninas ingênuas, gays, travestis e transexuais, o grupo raptava bebês e transportava drogas – e matava rivais com o golpe na veia de uma seringa sempre carregada na bolsa?

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E os sedutores Théo (Rodrigo Lombardi) e Bianca (Cleo Pires), um a promessa fracassada de um galã decidido e viril, que terminou com a estatura de um garotinho mimado pela mãe (Suzana Faini) e emocionalmente dependente das mulheres, a outra uma obcecada em parecer sexy e fazer caras e beiços para o amado, Zyah (Domingos Montagner), dá para limpar da mente?

Por falar em tráfico e em Turquia, não vai ser possível deixar para trás o talento telepático das personagens que, embora de países e culturas diferentes, se entendiam às mil maravilhas quando se cruzavam pelas ruas de Istambul. Nem vai dar para deixar de lado a personagem Irina, aquela que de tanto figurar sentada causou comoção no Twitter quando se levantou, em um capítulo isolado da trama de sete meses que fez Vera Fischer se sentir humilhada, nas próprias palavras. Ou vai?

Mais: quem poderá apagar da memória a infinidade de personagens que essa novela reuniu, tantos que alguns, como o ex-namorado de Morena, Beto (Sacha Bali), e o malandro do Alemão Miro (André Gonçalves) desapareceram por falta de espaço?

E o que se dirá do cenário exótico da Capadócia, com seu gosto de “déjà vu“, ou mais exatamente de “já vi essa novela e era da mesma autora”?

FAÇA VOCÊ MESMO: Monte a “sua” novela de Glória Perez

Isso sem falar de uma das trilhas sonoras mais chatas de todos os tempos, capitaneada pelo hit mais martelado na cabeça do espectador, Esse Cara Sou Eu, do censor Roberto Carlos. Aliás, não admira que a faixa tenha sido o segundo item mais votado na enquete que o site de VEJA fez para saber que elementos da novela deveriam morrer nessa reta final. Ninguém aguentava mais ouvir a canção.

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Não, não dá para esquecer. Mas isso não significa grande coisa. Salve Jorge é ao seu modo inesquecível, mas é também, com toda a certeza, uma novela que não deixará nenhuma saudade.

#AcabaJorge

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