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Rock in Rio: Sepultura tocará Chico Science e inéditas

Banda se apresenta nos dois dias dedicados ao metal: 19 de setembro, com Tambores do Bronx no Palco Mundo, e 22, com Zé Ramalho no Palco Sunset

Por Pollyane Lima e Silva
24 ago 2013, 14h22

“As músicas Spectrum e Dialog, ambas do Kairos (2011), ganharam arranjos novos especialmente para este show (com Tambores do Bronx). O sucesso do primeiro show foi tanto que voltamos agora para gravar um DVD. Não é uma apresentação fácil, então queremos registrar esse momento único e guardar para sempre.” Andreas Kisser, guitarrista

Única banda a fazer dois shows no Rock in Rio 2013, o Sepultura promete novidades ao repetir um mistura inusitada. No primeiro dia dedicado ao metal, 19 de setembro, Derrick Green e companhia se apresentam no Palco Mundo com Tambores do Bronx, o grupo francês de percussionistas com quem tocaram pela primeira vez no Sunset em 2011. A mudança de local atende um pedido do público, que naquela edição reclamou do espaço reduzido para uma parceria que agradou muito. “O sucesso foi tanto que voltamos agora para gravar um DVD”, conta o guitarrista Andreas Kisser.

Ele lembra que muitos olharam com desconfiança para a reunião dos dois grupos, mas acabaram se rendendo. E o mesmo se repete em relação à segunda apresentação deles, no último dia de festival (22/9), quando voltam ao Palco Sunset ao lado do cantor Zé Ramalho. “As pessoas não sabem o que esperar, e isso é ótimo. A surpresa é o elemento-chave para esse show”, comenta Kisser, adiantando que está no set list a única música que já gravaram juntos: Dança das Borboletas, que fez parte da trilha do filme Lisbela e O Prisioneiro (2003).

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Para ambos os shows, o Sepultura prepara versões inéditas de algumas das composições das várias fases da banda. Entre elas, músicas jamais tocadas ao vivo pelo grupo. Em entrevista ao site de VEJA, Andreas Kisser adianta outros detalhes que estão sendo preparados e fala também sobre a palhinha que darão do novo CD, The Mediator Between the Head and Hands Must Be the Heart: “Vamos tocar em primeira mão Da Lama ao Caos, um cover do Chico Science e Nação Zumbi, no Palco Sunset”. Confira os principais trechos da conversa:

O Sepultura repete nesta edição a parceria com Tambores do Bronx. Foi uma surpresa ser chamada para o Palco Mundo com os franceses? A ótima repercussão desse primeiro show é que foi uma grande surpresa para todos que estavam envolvidos. As pessoas diziam não entender por que a gente já não estava no Palco Mundo. Mas logo depois já fomos convidados a tocar entre as atrações principais do Rock in Rio Lisboa, e também no Wacken Festival, na Alemanha, um dos maiores festivais de metal do mundo. É uma parceria que deu muito certo e rendeu ótimos frutos.

Mas em um primeiro momento, as pessoas olharam com desconfiança para essa mistura… Sim, muita gente levantou a sobrancelha, achando que não daria certo, porque ninguém conhecia. Encontramos esse grupo em um festival alternativo na França, em 2008, com bandas de vários estilos diferentes. Depois, gravamos uma música para o disco Kairos (2011). E aí, quando veio a oportunidade de tocar no Sunset, tivemos a ideia de chama-los. Preparamos um show com clássicos do Sepultura e mais algumas músicas deles com nossa participação. Foi fantástico. E o que começou como uma incógnita funcionou muito bem.

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https://youtube.com/watch?v=UwS2lQ9zEx4

E o que está sendo preparado de diferente do que foi apresentado em 2011? Na edição anterior, apresentamos algumas coisas juntos e outras separadas, porque estávamos apresentando um disco novo (Kairos) e queríamos usar aquela oportunidade para tocar algumas coisas novas. Este show agora será completo, com Sepultura e Tambores do Bronx do começo ao fim. Vamos tocar as versões mais conhecidas de músicas do Sepultura com eles, e algumas deles. Também vamos fazer algumas versões inéditas, que não foram ouvidas no Sunset nem no Rock in Rio Lisboa. As músicas Spectrum e Dialog, ambas do Kairos (2011), ganharam arranjos novos especialmente para este show. O sucesso do primeiro show foi tanto que voltamos agora para gravar um DVD. Não é uma apresentação fácil, então queremos registrar esse momento único e guardar para sempre. Colocaremos junto também um making off.

Já tem previsão de lançamento? Ainda não. Talvez fique para o fim de 2014, para celebrar os 30 anos da banda. Seria uma data legal para ter um lançamento especial como esse.

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Qual a expectativa para a parceria com Zé Ramalho, no Sunset? As pessoas não sabem o que esperar, de novo, e isso é ótimo. A surpresa é o elemento-chave para esse show. Já tivemos a honra de fazer uma música juntos: Dança das Borboletas, que fez parte da trilha do filme Lisbela e o Prisioneiro (2003). A união deu muito certo e a gente sempre teve vontade de fazer isso ao vivo, botar no palco, mas não houve essa oportunidade antes. Agora, não poderia ter momento melhor. Sabemos que soa estranho à primeira ‘escutada’, mas depois você vê que funciona e pensa: “Como não fiz isso antes? Faz todo sentido a voz dele com a nossa característica”.

Pode adiantar alguma coisa do repertório? A primeira parte do show vamos fazer sozinhos, com algumas músicas que a gente nunca tocou ao vivo, como The Hunt, lançada no Chaos A.D. (1994). Muita gente pede, e decidimos incluí-la no show. Com o Zé, não rolaram ensaios ainda, mas já definimos os temas. Além de Dança das Borboletas, estamos preparando umas versões a mais do repertório do próprio Zé. Ele também vai cantar algo nosso. Acho que vai ser espetacular.

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Vão mostrar também algo do novo CD – The Mediator Between the Head and Hands Must Be the Heart? Vamos tocar em primeira mão Da Lama ao Caos, um cover do Chico Science e Nação Zumbi, no Palco Sunset. Esse CD é especial, porque voltamos a trabalhar com o Ross Robinson, o produtor do Roots (1996), nosso maior sucesso e um disco que até hoje influencia muita gente. Foi uma combinação muito poderosa, e agora voltamos em outro momento, com uma formação diferente (é o primeiro álbum do grupo com o baterista Eloy Casagrande, que se juntou à banda em 2011). O resultado está sensacional. É um disco muito vivo, honesto, e mostra um momento forte da banda.

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