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Roberto Justus: ‘Eu custava caro para o SBT’

Em entrevista ao site de VEJA, o apresentador conta que sua volta à Record, após dois anos, foi motivada pelo cancelamento de projetos decorrente da reestruturação financeira da emissora de Silvio Santos

Por Mariana Zylberkan
12 jul 2011, 17h37

Enquanto a notícia de que está deixando o SBT para voltar à Record, se torna assunto em todo o país, Roberto Justus curte férias com a família na ensolarada Miami, nos Estados Unidos. “Neste momento, estou diante de uma piscina sob um calor de 32°C”, esnoba o apresentador que fixou o bordão “Você está demitido”, no reality show O Aprendiz, que deixou para o colega João Dória Jr. ao trocar a Record pelo SBT, há dois anos.

Direto do balneário, Justus afirma que uma série de insatisfações o fez tomar a decisão de trocar a emissora da Anhanguera pela da Barra Funda, em São Paulo. “Alguns projetos meus foram cancelados pelo fato de a emissora estar passando por uma reestruturação financeira (ligada à debacle do Banco Panamericano). Acredito que as expectativas não foram atendidas de ambos os lados. Eu custava muito caro para o SBT”, diz.

No canal de Silvio Santos, o publicitário vinha apresentando o game show Topa ou Não Topa, com audiência entre três e quatro pontos no Ibope, na Grande São Paulo. O programa deve seguir no ar até o final de julho, com edições já gravadas. O expediente de Justus na Record começa em agosto. Quando voltar do descanso em Miami, o publicitário vai se reunir com a direção da emissora para definir o formato de sua nova atração, que só deve estrear entre setembro e outubro.

A recontratação de Justus pode movimentar o mercado televisivo. Nesta terça, já voltou a circular o boato de que o autor de novelas Tiago Santiago, outro que trocou o canal pelo SBT há dois anos, estaria preparando seu retorno. Santiago, porém, nega qualquer movimentação. “De vez em quando, ouço dizer que a Record quer me contratar, mas nunca recebi nenhum convite formal.” Enquanto o mercado se mobiliza, Justus curte férias no verão americano e fala a VEJA. Confira os melhores momentos da entrevista do novo recontratado da Record.

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Silvio Santos chegou a ouvir de você uma frase à la O Aprendiz, “Eu me demito”? Não houve conversa com Silvio Santos. Decidi tudo com o vice-presidente do SBT, José Roberto dos Santos Maciel. Havia certa infelicidade e, no momento em que completei dois anos de casa, tivemos uma conversa para reavaliar as expectativas de ambos os lados. Fui sincero e disse que as coisas não saíram como eu esperava.

O que provocou essa insatisfação? Alguns projetos meus não saíram do papel, como o game show O Grande Desafio, pelo fato de o SBT estar passando por uma fase de reestruturação financeira. Acredito que as expectativas não foram satisfeitas de ambos os lados. Nessa conversa com Maciel, contei sobre meu namoro com a Record, que sempre quis me recontratar. Jamais quebraria um contrato, por isso precisava negociar minha saída. Tudo correu muito tranquilamente.

Essa reestruturação financeira do SBT foi influenciada pela venda do Banco Panamericano, que pertencia ao grupo Silvio Santos no ano passado? Essa reestruturação vem sendo feita desde a nomeação de Maciel para o cargo de vice-presidente. Acredito que esse trauma sofrido pelo grupo Silvio Santos tenha tido certa influência, sim, em relação à recente postura da emissora em olhar seus gastos com mais ênfase.

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Como será seu novo programa na Record? Ainda não há uma definição quanto a isso. Há programas gravados que vão ao ar até o fim de julho no SBT.

Pretende manter sua predileção pelo formato de game show? Eu adoro fazer game show, acho que peguei o jeito. Assisto a muitos programas americanos nessa linha. Mas pode ser também um reality show. Apesar de acreditar que a Record não precisa de mais um reality neste momento, devido à estreia de A Fazenda 4, no dia 19. Dentro da emissora, posso também dar um suporte para o João Dória, em O Aprendiz. De qualquer forma, devo ir ao ar entre setembro e outubro (conforme adiantou a coluna Radar Online, de VEJA).

Como avalia sua passagem pelo SBT? Sempre fui muito bem recebido e mantive uma ótima relação com todos lá dentro. Uma prova disso foi o Maciel ter aberto mão da multa rescisória do contrato. Eu custava caro para o SBT, por isso acredito ter sido um bom negócio. Eles abrem mão da multa, mas também deixam de ter gastos comigo. Aprendi muito e saio mais experiente.

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Você acredita que sua ida ao SBT foi precipitada, já que aconteceu no calor da batalha que a emissora travou com a Record depois da contratação de Gugu Liberato, em 2009? Na época, minha ida para o SBT significou uma injeção de prestígio na emissora. Fui também motivado pela possibilidade de fazer um game show e não ser apenas um empresário que apresenta programas de TV. Mas não acredito que foi uma decisão precipitada.

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