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Roberto Carlos lota a praia de Copacabana

No sábado de Natal, mais de 400 mil pessoas foram ao show do cantor

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 dez 2010, 08h27

O show de Roberto Carlos, na noite deste sábado de Natal, seria mais um da série que começou em 1974. Mas foi uma apoteose. O ídolo levou à praia de Copacabana cerca de 400 mil pessoas e, por duas horas, cantou sucessos de sua autoria, sertanejo, pagode e samba. “Quando a gente acha que sabe alguma coisa, ainda está aprendendo”, disse, para delírio da plateia que encheu a praia desde cedo – alguns, desde a véspera. Muitos aproveitaram a tarde de sol e ficaram para o show. O compositor retribuiu o carinho algumas vezes. “Tudo o que eu tinha para dizer a vocês eu falarei nesta música. Eu amo vocês”, declarou, para em seguida cantar “Como é grande o meu amor por você”.

Foi com essa música também que, antes de pisar no palco, o público o chamou. O coro que ecoava pela orla foi acompanhado apenas pela orquestra RC9. As luzes iluminavam a praia e anunciavam que ele chegaria. Com 15 minutos de atraso, às 21h45, o locutor avisou: “Senhoras e senhores, com vocês Roberto Carlos”. Os gritos foram, em seguida, abafados pela introdução de “Emoções”. O ídolo surgiu, inclinou-se para uma breve oração, e disse “obrigado”, com o seu tradicional sorriso de canto de boca.

Banquinho – “Emoções” foi uma das poucas músicas que Roberto Carlos cantou de pé. Logo depois, sentou-se e, de seu banquinho, dominou o palco, com a intimidade de quem conhece cada reação de seus fãs. Explicou que sua atividade de motociclista prejudicou sua resistência para enfrentar duas horas no palco. “Descobri que ser motociclista é perigoso depois dos 35 anos”, brincou o músico, que completa 70 anos em 2011. De terno branco e camisa azul, fez dueto com Paula Fernandes, com quem cantou músicas da Jovem Guarda. Depois desta passagem, homenageou sua mãe, com “Lady Laura”. “Não posso dizer que canto com a mesma alegria, mas com mais amor e mais saudade.” No decorrer do show, fez dueto com Bruno e Marrone, Exaltasamba e com a escola de samba Beija-flor, cujo enredo do carnaval de 2011 será sobre Roberto Carlos.

Tradição de paz – A noite transcorreu tranquila, reafirmando a tradição que os cariocas construíram ao longo de décadas nos reveillons – quando até dois milhões de pessoas lotam a orla em ordem, com poucos incidentes em proporção ao tamanho do evento. Para a cidade que vai sediar as Olimpíadas de 2016, foi um teste bem sucedido, com apenas um senão: o desencontro de informações sobre o esquema de bloqueio dos acessos a Copacabana deu um nó no trânsito desde o início da tarde, e revoltou os que tentavam comemorar o Natal com um almoço em família.

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Fora isso, foram 130 atendimentos nas ambulâncias espalhadas pela orla. Todos resultantes do calor, de excesso de bebida e, também, da overdose de emoção que é característica do público de Roberto. Sabendo disso, a auxiliar de enfermagem Odileia Gouveia, de 48 anos, preveniu-se. Levou seu remédio de pressão – e precisou tomar.

‘Na leva do 0800’ – O empurra-empurra estava grande para ver quem conseguia chegar mais perto do palco. “Para estar aqui no meio da multidão, sendo imprensada, só adorando”, disse a professora Wanda Gomes, de 57 anos, que acompanha o ídolo desde sua juventude. Mas, confessou que o fato de o show ter sido de graça contribuiu para que ela fosse. “Vim na leva do 0800. Sempre venho porque ele é ele, mesmo com a mesmice”, afirmou.

Perto do encerramento, a emoção foi ao auge com o coral de crianças da Escola de Música da Rocinha acompanhando Roberto em “Noite Feliz”. O ‘gran finale’, como sempre, foi ao som de “Jesus Cristo” – que teve como novidade o arranjo de samba, com a bateria da “Beija-flor”. Nesse momento, o músico distribuiu suas rosas tão esperadas pelas mulheres. Roberto disse que este foi o seu melhor natal e desejou que todos fossem abençoados por Deus. Pouco antes de terminar o show, uma das seguranças do evento Aline Araújo, de 28 anos, exibia sua flor. Outro segurança perguntou se ela guardaria: “Claro, filho. Isso é lembrança de 2010”, respondeu, indignada com a indagação do amigo. “Deixa eu ir trabalhar com a rosa que o Roberto Carlos me deu.”

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