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Robert Edsel exalta trabalho dos ‘Monuments Men’ em novo ensaio

Por Da Redação
30 abr 2012, 09h30

Concha Carrón.

Madri, 30 abr (EFE).- Apesar dos integrantes da Seção de Monumentos – conhecidos como ‘Monuments Men’, na Segunda Guerra Mundial – terem devolvido 5 milhões de obras de arte roubadas pelos nazistas, suas ações permaneceram esquecidas durante anos, um fato que começa a mudar graças a ajuda do filantropo Robert M. Edsel.

Ao dedicar sua vida à divulgação do legado destes ‘guerreiros da arte’, o empresário petrolífero americano acaba de publicar ‘The Monuments Men’, um curioso ensaio que narra a fascinante aventura destes heróis anônimos que impediram o espólio cultural nazista.

Estes soldados aliados, entre britânicos e norte-americanos, percorreram toda Europa para tentar recuperar os tesouros artísticos que Adolf Hitler sonhava em levar ao museu que seria criado em sua cidade natal, Linz (Áustria), e que nunca chegou a ser construído. Neste, o líder nazista queria reunir as coleções de arte roubadas pelos nazistas durante todo o conflito bélico.

Antes da construção do museu, o ‘Führer’ mandou levar todas as obras expropriadas de diferentes museus europeus para um lugar ‘seguro’: uma caverna de sal escavada na localidade de Altaussee, um remoto lugar a 150 quilômetros de Linz.

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A mina, cavada na encosta de uma rocha, era o lugar ideal para guardar as obras porque o sal das paredes absorvia o excesso de umidade e ajudava, junto com sua temperatura constante, a conservar as pinturas, enquanto os objetos metálicos, como as armaduras, ficavam protegidos da corrosão com uma fina camada de gordura.

Segundo Edsel, entre 1939 e 1945, este improvisado armazém subterrâneo recebeu obras de arte mundialmente conhecidas, como A Madona de Bruges, de Michelangelo; o retábulo de Gand, de Jan Van Eyck; ‘A Ronda Noturna’, de Rembrandt; ‘Dama do Arminho’, de Da Vinci, e um dos quadros preferidos de Hitler, ‘O astrônomo’, de Johannes Vermeer.

No entanto, esta história só é conhecida atualmente graças ao trabalho de Robert M. Edsel (1956), que recebeu em 2007 a medalha nacional de Humanidades dos Estados Unidos por seu trabalho de divulgação do legado dos ‘Monuments Men’.

Edsel também criou uma Fundação que leva o nome dos ‘Monuments Men’ e é o autor de um documentário sobre o espólio nazista e da obra ‘Rescuing Da Vinci’, um repasse ao ocorrido com a arte durante o conflito bélico através de fotografias da época.

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O árduo trabalho realizado por 350 pessoas de 13 países diferentes, entre 1943 e 1951, está retratado na seção de Monumentos, Belas Artes e Arquivos (MFAA) no livro de Edsel, assim como o esforço destes heróis para recuperar, catalogar e devolver as peças ao seu legítimo lugar.

Em sua obra, o escritor resgata esse episódio de valor incalculável com diálogos dos protagonistas, cartas íntimas, documentos oficiais e a narração das batalhas.

De acordo com as pesquisas de Edsel, sabe-se que no verão de 1943 cerca de 500 obras de professores modernos, como Klee, Miró, Max Ernst e Picasso – considerados ‘degenerados’ pelos nazistas por sua maneira de representar o mundo -, foram rasgadas com uma faca e depois queimadas até sua total destruição.

Além disso, o livro também nos apresenta personagens que até agora eram desconhecidos, como Jacques Jaujard, diretor dos museus nacionais da França, e o soldado Harry Ettlinger, um judeu alemão que aparece em uma foto do livro com a obra ‘Autorretrato’, de Rembrandt.

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O trabalho desenvolvido por Edsel é tão surpreendente que George Clooney já anunciou que deverá adaptar esse ensaio ao cinema, onde sua trama pode ser muito bem explorada. EFE

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