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Rio pode ganhar uma nova Cidade do Samba

Projeto de revitalização da zona portuária obriga prefeitura a buscar terreno para abrigar barracões das escolas do Grupo de Acesso

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
1 fev 2011, 07h17

“Para nós, ter uma casa nova será muito bom. Teremos mais segurança e infraestrutura. Isso vai melhorar a qualidade da nossa festa”

Paulo de Almeida, da Liga das Escolas do Grupo de Acesso

O projeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro esbarrou num problema antigo, há muito negligenciado: a precariedade dos barracões das escolas do Grupo de Acesso. O prefeito Eduardo Paes revelou nesta segunda-feira que está em busca de um local para erguer uma Cidade do Samba 2, a fim de que essas agremiações tenham um lugar digno para construir suas alegorias, que enfeitam o Carnaval da Marquês de Sapucaí todos os anos.

“O projeto do Porto vai criar restrições para a utilização daqueles galpões, que não serão mais galpões abandonados. Serão prédios de apartamentos e escritórios. Portanto, nós precisamos encontrar uma alternativa, principalmente, para as escolas do Grupo de Acesso. A prefeitura está buscando algumas áreas no entorno de Benfica e São Cristóvão (na Zona Norte, e não muito longe da Zona Portuária) para fazer uma Cidade do Samba 2”, afirmou Paes.

Atualmente, as escolas do Acesso ocupam galpões que pertencem à União ou a empresas como a Companhia Docas S.A. Muitos deles já serviram a agremiações do Grupo Especial antes da criação da Cidade do Samba, que começou a funcionar em setembro de 2005. Insalubridade, falta de infraestrura e segurança são algumas das reclamações mais comuns entre carnavalescos e operários que dão expediente nesses locais.

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“Para nós, ter uma casa nova será muito bom. Teremos mais segurança e infraestrutura. Isso vai melhorar a qualidade da nossa festa”, avalia Paulo de Almeida, dirigente da Lesga (Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso) e presidente da Caprichosos de Pilares. “O prefeito entendeu que o carnaval do Grupo de Acesso é uma opção interessante para atrair o turismo interno. Na semana passada, por exemplo, assinamos a reforma da quadra da Caprichosos. A prefeitura vai arcar com todos os custos, assim como fez com a Imperatriz e com a Ilha do Governador.”

A degradação da Zona Portuária levou, no passado, à proliferação de galpões abandonados, que atenderam às necessidades mais básicas das agremiações, principalmente, pela proximidade com o Sambódromo. Hoje, com a motorização dos carros alegóricos, já é possível pensar em áreas um pouco mais afastadas, como os bairros de São Cristóvão e Benfica.

A ideia da prefeitura é que o projeto saia do papel dentro de dois ou três anos. Segundo Paes, não há necessidade de pressa, já que o início das obras naquela região também deve demorar alguns anos. No entanto, pelo menos duas escolas estão à beira do despejo. Estácio de Sá e Viradouro terão de deixar seus respectivos barracões logo após o desfile desse ano, em março.

O anúncio do prefeito teve o objetivo de tranquilizar as escolas de samba, mas ainda está longe de ser um projeto concreto, com prazos e verba estabelecidos. Uma vez escolhido o terreno, será preciso elaborar um projeto adequado à realidade financeira das agremiações, que têm no subsídio da prefeitura sua grande de receita. A manutenção de um espaço como a Cidade do Samba implica custos com energia elétrica, água, limpeza e vigilantes. “Tenho certeza que o prefeito vai pensar em um projeto que esteja dentro das nossas possibilidades”, acredita Paulo de Almeida.

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Visitas – Os amantes do Carnaval, sejam turistas ou cariocas, podem conhecer os barracões das escolas do Grupo Especial durante o ano inteiro. A Cidade do Samba está aberta à visitação diária, com ingressos a preços populares. Ainda que os carnavalescos se esforcem para manter em segredo o desfile que pretendem levar para a avenida, é possível bisbilhotar e flagrar alguns pedaços de alegoria ou escultura em fase de acabamento.

A Cidade do Samba fica aberta para visitação de terça a sábado, entre 10 horas e 17 horas. Os ingressos custam 5 reais – e idosos, estudantes, professores e moradores da cidade, de posse de comprovante de residência, pagam apenas 2 reais. Outra opção é conferir o espetáculo Forças da Natureza, realizado às quintas-feiras, sempre às 20 horas. São shows de samba produzidos para turistas, principalmente estrangeiros, com direito a belas mulheres no palco e bateria formada por ritmistas das 12 escolas do Grupo Especial.

As bilheterias começam a funcionar às 19 horas, e o ingresso individual sai por 190 reais, com direito a bufê. Moradores do Rio de Janeiro (apresentando comprovante de residência), estudantes, professores e idosos pagam meia-entrada: 95 reais. Informações podem ser obtidas pelos telefones (21) 2213-2503 ou 2213-2546. Pré-reservas podem ser feitas pelo email: reservas@cdsrj.com.br.

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