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‘Rebel Heart’ recoloca Madonna no topo do mundo pop

Com a ajuda de nomes atuais da música, como Kanye West, Nicky Minaj, Avicii e o produtor Diplo, a cantora volta à ativa com seu melhor álbum em dez anos

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 fev 2015, 07h35

Aos 56 anos, Madonna continua em boa forma, não só a física, mas também a musical. Após jogar no mercado dois discos de estúdio sofríveis, Hard Candy (2008) e MDNA (2012), a cantora ressurge em 2015 com um trabalho que promete devolver-lhe o título de majestade do pop. Ousado, sensual, dançante e irônico, Rebel Heart, seu 13º álbum de estúdio, é o melhor desde Confessions on a Dance Floor (2005), e causou burburinho antes de chegar às lojas – o lançamento oficial ainda está previsto para março.

Rebel Heart foi alvo de dois ataques hacker. Um no final de 2014, que levou a cantora a antecipar no iTunes a venda das faixas vazadas, e outro em fevereiro, no qual 25 canções caíram na internet, seis a mais que o setlist original. Até o momento, Madge – apelido dado à cantora pelos fãs mais íntimos -, não se pronunciou sobre o novo ataque e nem se as músicas extras farão parte de uma edição de luxo do CD. Contudo, é fácil perceber uma identidade entre as faixas oficiais e as vazadas.

Rebel Heart abre com a ótima Living for Love, single que ganhou o primeiro clipe do disco em um lançamento inédito no aplicativo Snapchat. Com produção de Diplo e Alicia Keys no backing vocal, a faixa é um house moderno parecido com o estilo já explorado pela cantora no passado com Hung up e Get Together. Em seguida, Devil Pray, produção do DJ celebridade Avicii, surge como mais uma das tentativas de Madonna de mesclar discurso religioso e pista de dança. “Todos os anjos que me cercavam/ voaram para longe/ O chão aos meus pés está ficando quente/ Lúcifer está próximo”, diz trecho da letra. Apesar da repetição de tema, a melodia da música mantém o ritmo iniciado com Living for Love, com um country eletrônico e momentos que flertam com um mantra indiano.

A síndrome de Peter Pan da cantora, que se nega a envelhecer, fica perceptível na faixa Unapologetic Bitch. Outra produção de Diplo, agora com uma forte dose de dancehall reggae. Na letra, uma mulher supera um amor que não deu certo. Poderia ser Taylor Swift, mas é Madonna.

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Em Iluminati, produção de Kanye West, Madonna começa a letra invocando o nome de celebridades famosas, como Beyoncé, Jay Z, Nicki Minaj, Oprah Winfrey, Barack Obama e até o Papa, em uma referência a pessoas que são “iluminadas”, enquanto faz um trocadilho com os elementos da Ordem Illuminati. Logo da cola da primeira faixa, a canção dançante e provocativa concorre ao título de melhor do disco. O esquema batidão segue em muitas outras composições, entre elas o dueto com Nicki Minaj, Bitch I’m Madonna; Holy Water, canção sobre sexo oral; e Veni Vidi Vici, com ritmo de hip hop e participação do rapper Nas.

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As baladas românticas também têm seu espaço garantido. Afinal, não é de hoje que Madonna mostra que lá no fundo do peito, atrás do espartilho apertado, existe um coração apaixonado. A cantora já derramou emoção em clássicos como Take a Bow, Rain e Power of Goodbye, e, agora, faz um bom trabalho nas faixas Ghosttown, HeartBreakCity e Messiah. A última volta a misturar amor e religião, com piano poderoso, vocais marcantes e belíssimos violinos ao fundo.

Ainda entre as músicas oficiais, listadas no disco que segue em pré-venda, poderiam ser descartadas a faixa que dá título ao CD, Rebel Heart, um pop enfadonho que não sai do mesmo, Hold Tight, Body Shop e Iconic, parceria com Mike Tyson e Chance the Rapper. Também entra na lista de dispensáveis a faixa S.E.X., mais uma canção vergonha-alheia de uma Madonna louca por sexo.

Por fim, as seis produções extras, que não fazem parte do setlist oficial, têm bons momentos com Beautiful Scars (batida agitada retrô e letra chiclete), Queen (um flerte com o R&B), Borrowed Time (balada com toques eletrônicos e base de violão) e Addicted (eletro pop com dedilhados de guitarra). Já Graffiti Heart e a irritante Autotune Baby poderiam continuar perdidas em um lugar distante, frio e obscuro da internet.

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