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Protagonistas brilham em exibição de ‘The Paperboy’ em Cannes

Por Da Redação
24 Maio 2012, 10h41

Alicia García de Francisco.

Cannes (França), 24 mai (EFE).- A exibição de ‘The Paperboy’, um filme de Lee Daniels, nesta quinta-feira na competição oficial de Cannes reuniu os protagonistas e atores famosos como Nicole Kidman, Matthew McConaughey, Zac Efron e John Cusack em uma história violenta de racismo e abusos no sul dos Estados Unidos no final dos anos 60.

A adaptação do romance de Peter Dexter com o mesmo título, que estava nas mãos de Pedro Almódovar, foi retomado por Daniels. ‘Em Hollywood os filmes mudam facilmente de diretor ou de atores’, explicou em entrevista coletiva o diretor de ‘Preciosa – Uma História de Esperança’.

A história atraiu o cineasta por conter ‘personagens únicos’ que retratavam pessoas conhecidas pelo diretor na vida real. Seu irmão esteve na prisão por assassinato, sua irmã escrevia a presos, sua família foi empregada de ricos durante muito tempo e ele, homossexual, viveu os problemas por ser visto em público com homens brancos.

Essas histórias enlaçam o roteiro de ‘The Paperboy’. No filme, um jornalista (McConaughey) retorna para casa, na Flórida, acompanhado de um companheiro negro, para investigar a condenação de um homem (Cusack) pela morte de um xerife.

Enquanto isso, o irmão do jornalista (Efron) o ajuda. Há ainda uma mulher apaixonada pelo condenado, interpretada por Nicole em uma atuação fantástica. A personagem, uma mulher que vive sua sexualidade de forma muito aberta para o ambiente opressivo da Flórida de 1969, vive entre a inocência e a perversão.

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No entanto, a atriz disse que as cenas sexuais não a incomodaram. ‘Eu gosto de dar mais um passo e buscar algo mais arriscado em termos de interpretação’, explicou Nicole, que apareceu na entrevista coletiva com um vestido vermelho que contrastava com sua palidez.

Nicole ainda falou que procura fazer com que seus personagens sejam verdadeiros. Para alcançar tal condição neste filme, a atriz disse ter conversado muito com Daniels e até mesmo ter, ela mesma, cortado seu cabelo, destaque no filme. Além disso, se reuniu com mulheres que escreviam a presos, como Charlotte e, nesse momento, disse ter tido medo ‘não estar à altura do personagem’.

A história contada no filme era uma realidade comum nos Estados Unidos dos anos 60. ‘As pessoas acreditam que Obama chegou de repente. Mas uma coisa é a realidade que se vê no cinema e outra a que vivem os negros’, disse o diretor.

Entre declarações sérias, Daniels fazia brincadeiras e uma delas teve como alvo Efron. Quando o cineasta foi perguntado pela razão do ator aparecer em muitas cenas com roupa íntimas, ele disse: ‘Ele é muito bonito. Sou gay, o que querem?’.

Diferente de seus papéis anteriores em filmes de adolescentes, Efron, de 24 anos, surpreendeu com uma interpretação muito madura. ‘Um ator tem que enfrentar seus medos e experimentar um sentimento de abandono em direção ao personagem que vá interpretar’.

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O ator ainda falou sobre seus planos para o futuro. ‘O que fiz no passado é passado e agora pretendo atravessar novas fronteiras, é um sonho. Espero poder seguir fazendo filmes como este’, disse Efron.

McConaughey, seu irmão no filme, é um homossexual que esconde o que sente. O ator exaltou o ‘espírito intuitivo’ de Daniels, que ‘encontra camadas nos personagens’.

Enquanto isso, Cusack, que cria um personagem repulsivo, explicou que Daniels está constantemente mudando de opinião. ‘Se você o escuta, se arrisca a não entender o que quer dizer’. No entanto, destacou que o diretor se contradiz ‘com paixão’ para dar a cada personagem todas as características necessárias.

‘É um filme louco, sobre sexo, sobre racismo e discriminação. Um desses filmes que visto pela quinta vez, ainda se descobre algo novo’, explicou a cantora Macy Gray. EFE

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