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Produtores de “300” apostam agora em “Imortais”

Por Alberto E. Rodriguez
10 nov 2011, 11h02

“Imortais”, o ultraestilizado filme épico dos produtores de “300”, leva o estilo barroco a uma Antiguidade grega muito afastada da tradição histórica, onde o futuro da humanidade e os deuses do Olimpo repousam nos ombros de Teseu e de alguns mortais.

Os produtores Mark Canton e Gianni Nunnari, entusiasmados com o grande sucesso da adaptação da graphic novel de Frank Miller “300” em 2006, com participação do brasileiro Rodrigo Santoro e que arrecadou mais de 450 milhões de dólares em todo o mundo, voltam a ambientar um filme na antiguidade grega, desta vez sob a direção do indiano Tarsem Singh.

A estreia do longa, que custou 75 milhões de dólares, acontecerá na sexta-feira nos Estados Unidos e em dezembro no Brasil.

O filme narra as aventuras de Teseu (interpretado por Henry Cavill, o novo “Superman”, atualmente em produção), um jovem talhador que inicia uma revolta contra o violento rei Hiperión (interpretado por Mickey Rourke) para vingar a morte de sua mãe, sob os olhares dos deuses gregos do Olimpo, que trocaram as barbas por traços mais joves e têm os rostos de Luke Evans e Kellan Lutz.

“O que mais me interessava no filme era ver como os deuses interferem no mundo humano”, disse Tarsem Singh à AFP.

As origens gregas, romanas ou de outros lugares não importava muito para o cineasta, formado em publicidade e conhecido pelo filme de 2000 “A Cela”.

“Se dependesse de mim mudaria os nomes, porque não me interessa que tenham nomes gregos”, completou.

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O diretor afirma que tinha como objetivo dar coerência à mescla de fantasia e antiguidade, com referências mais pictóricas que históricas.

“Sempre fui acusado de preferir a forma ao conteúdo”, admitiu o cineasta, que disse ter se inspirado nas pinturas de Caravaggio para estabelecer a paleta de cores e definir os cenários, essencialmente digitais.

De fato, apesar da história simplificada, a ambição estética do filme, exibido em 3D, é inegável.

Singh confessou que sus decisões chegaram a surpreender a própria equipe. Ao dar um tom oriental ao retrato de Fedra, foi questionado pensava em um “bar de sushi no deserto”, recordou.

E quando situou os deuses cobertos de ouro em um Olimpo reduzido a uma plataforma situada diante de um monitor verde, antes do processamento digital que daria a imponente visão de uma paisagem, afirmaram que era muito “kitsch”.

“As pessoas vão rir, vão odiar os deuses”, afirmaram.

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Singh estava convencido de suas escolhas, incluindo a original e corajosa estilista japonesa Eiko Ishioka, responsável pelo figurino.

Em alguns momentos, o resultado é espetacular, com destaque para o “quadro” da luta nos céus, que recorda os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina.

“A princípio havia imaginado muito mais violenta, e com todos os personagens nus, mas tive o mesmo problema que Michelangelo com o Papa. Me disseram: ‘Tape o sexo. Vista-os!'”.

Apesar das concessões, o cineasta se declarou satisfeito.

“Era muito caro de fazer, especialmente para uma cena de poucos segundos, mas valeu a pena porque acredito que é memorável”, afirmou o diretor.

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