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Presidente do júri, Tom Tykwer defende Festival de Berlim

Cineasta minimizou as críticas ao diretor do evento, Dieter Kosslick, alvo de uma carta assinada por diretores alemães que pedia mudanças

Por Mariane Morisawa, de Berlim
Atualizado em 15 fev 2018, 20h56 - Publicado em 15 fev 2018, 20h56

A carta aberta pedindo “um novo começo” para o Festival de Berlim, publicada pelo Spiegel Online em novembro, repercutiu na 68ª edição, que começou nesta quinta-feira. Os signatários pediram a formação de uma comissão internacional para escolha do substituto do diretor do evento Dieter Kosslick, no cargo desde 2001, e mudanças no evento. Durante coletiva de imprensa nesta manhã, o presidente do júri, o cineasta alemão Tom Tykwer, minimizou as supostas críticas. “Acredito que meus colegas queriam expressar que existe um anseio por uma mudança natural, o que não é nada extraordinário sabendo que uma nova era vai começar em 2019 (quando acaba o contrato de Kosslick) e que é preciso ser preparada com cuidado e levada a sério”, disse.

“Precisamos incluir todos os setores e artistas. Foi por isso que ela foi escrita. E muita coisa considerada crítica na verdade foi bastante construtiva. Se você falar com os cineastas, normalmente dizem que amam este festival. Todo o mundo espera pelo Festival de Berlim, as pessoas enfrentam o frio para ver os filmes mais estranhos”, continuou. A carta foi assinada por cineastas alemães como Maren Ade (de Toni Erdmann) e Fatih Akin (de Em Pedaços) e pedia que se encontrasse “um curador de destaque que seja apaixonado por cinema, com boas conexões internacionais e capaz de liderar o festival no futuro em pé de igualdade com Cannes e Veneza”

Indagado sobre o que achava da competição do Festival de Berlim nos últimos anos, Tykwer afirmou: “A competição sempre muda. Todo ano é diferente. O programa sempre foi homogêneo, mas a cada ano é preciso escolher dentre os filmes que foram feitos. E é como vinho: tem ano em que a safra é boa, tem ano que não”.

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Tykwer também comentou sobre a escolha de uma animação em stop motion, Isle of Dogs (“ilha dos cães”, na tradução livre), de Wes Anderson, para a abertura da 68ª edição. “Fico empolgado com a ideia. Há tantas razões para ser escolhido para a abertura: parece alegre, inteligente, os donos das vozes dos cachorros vêm. É um grupo incrível de atores que vai abrilhantar o tapete vermelho, o que é importante para um festival. Acho uma delícia essa escolha, essa gente toda vai ver uma animação sobre cães.”

Tykwer é presidente de um júri composto ainda pelo compositor japonês Ryuichi Sakamoto, a atriz belga Cécile de France, o fotógrafo espanhol Chema Prado, a produtora americana Adele Romanski e a crítica de cinema americana Stephanie Zacharek. Sakamoto disse que está empolgado de estar no júri. Mas ressaltou: “Quero julgar os filmes pelo ponto de vista artístico, não político”.

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