Preços abusivos e longas caminhadas marcam Lollapalooza 2015
Apesar da reclamação e das bolhas no pé, público se mostrou satisfeito com a programação, que mesclou pop, rock, indie e eletrônico
Por Daniel Dieb
30 mar 2015, 09h12
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/42 Apresentação do cantor Pharrell Williams, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
2/42 Robert Plant, um dos maiores vocalista do rock, durante o Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
3/42 Público durante a apresentação da banda Foster the People, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
4/42 Apresentação do cantor Pharrell Williams, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
5/42 Público durante a apresentação da banda Foster the People, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
6/42 Apresentação do Smashing Pumpkins no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
7/42 Apresentação da banda Three Days Grace, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
8/42 Público durante apresentação da banda Mombojó no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
9/42 Apresentação da Pitty no segundo dia do Lollapalooza 2015 (Rodrigo Antonio/VEJA)
10/42 Público enfrenta chuva durante o segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
11/42 A banda Foster the People durante a apresentação, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
12/42 Casal durante apresentação da banda O Terno, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
13/42 Público durante apresentação do Interpol no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
14/42 Público durante a apresentação da banda Foster the People, no segundo dia do Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
15/42 Interpol no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
16/42 Apresentação do Kongos no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
17/42 Público durante apresentação do Kasabian no Lollapalooza em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
18/42 Público durante apresentação de St. Vicent no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
19/42 Público na apresentação do Alt-J, durante o Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
20/42 Movimentação no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Mastukawa/VEJA.com)
21/42 Apresentação do Kasabian no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
22/42 Primeiro dia do Festival Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
23/42 Marcelo D2 se apresenta no Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
24/42 O cantor Marcelo Camelo, durante apresentação da Banda do Mar, no Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
25/42 Apresentação de St. Vicent no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
26/42 Movimentação no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
27/42 Movimentação do público antes da abertura dos portões para o primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
28/42 Ivan Pacheco (Ivan Pacheco/VEJA.com)
29/42 Apresentação do Kongos no Lollapalooza 2015, em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
30/42 Movimentação do público antes da abertura dos portões para o primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
31/42 Apresentação da banda Bula no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
32/42 Movimentação no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
33/42 Movimentação no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
34/42 Robert Plant, um dos maiores vocalista do rock, durante o Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
35/42 Robert Plant, um dos maiores vocalista do rock, durante o Festival Lollapalooza 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
36/42 Público durante apresentação do Kasabian no Lollapalooza em São Paulo (Rodrigo Antonio/VEJA)
37/42 Movimentação no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
38/42 Público no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
39/42 Apresentação da banda Bula no primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
40/42 Movimentação do público antes da abertura dos portões para o primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
41/42 Movimentação do público antes da abertura dos portões para o primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
42/42 Movimentação do público antes da abertura dos portões para o primeiro dia do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
Em sua quarta edição no Brasil, o festival Lollapalooza deu mostras de maturidade, mas também tropeços em pontos que precisam ser melhorados para o próximo ano. Uma das maiores reclamações do público no ano passado, a questão da mobilidade entre os palcos, permaneceu na lista de queixas de 2015, já que o evento manteve como sede o Autódromo de Interlagos, de 600 000 m2 de extensão. Para ir de um palco a outro, era preciso andar até meia-hora, caminhada que levou muita gente aos ambulatórios com bolhas nos pés.
Para sorte do público e da organização, a caminhada pelo menos não foi debaixo de tempestade. A chuva não veio com a força prevista, o que evitou o acúmulo de lama e o infame apelido Lamapalooza. A garoa fina que caiu no domingo não incomodou, enquanto o sábado ostentou sol e calor o dia todo. Mas, como dito antes, foi uma questão de sorte.
Outro drama deste ano que deveria ser resolvido para a próxima edição foram os preços abusivos das bebidas e alimentos, que acabaram camuflados pelo “câmbio” criado pelo Lollapalooza. Um “mango”, moeda oficial do evento, era vendido por 2,50 reais. Nos food trucks, uma tapioca custava 4 “mangos”, ou 10 reais, mesmo preço da cerveja, que acabou em certos pontos de venda na noite do domingo. Uma lata de refrigerante saía por 7,50 reais, enquanto o copo de 300 ml de água custava incríveis 5 reais. Alguns ambulantes vendiam comida na moeda “real”, com preços tão salgados quanto o “dólar” do evento: um pastel era comprado por nada menos que 10 reais.
A vantagem dos “mangos”, a ser destacada, é que a sua compra antecipada ajudou a reduzir filas. Outro acerto da organização foi a distribuição de banheiros pelo autódromo. Contudo, a área central do festival, aquela que ligava os dois palcos principais e hospedava os food trucks, recebia indesejadas lufadas de mau cheiro de três fossos de esgoto, dois deles abertos, localizados ali perto.
Quanto aos casos de polícia, nos dois dias do Lollapalooza 2015 os mais registrados foram de furtos, a maior parte de celulares. Comunicação de extravio de documentos também foi frequente, principalmente de carteira com documentos. Além disso, a polícia apreendeu uma pessoa pelo porte de entorpecentes e quatro colombianos com passagem na polícia que tentavam entrar no evento para furtar. Apesar de algumas brigas e discussões terem ocorrido, somente uma foi registrada pela polícia, envolvendo dois rapazes que trabalhavam no evento. Porém, após registrarem boletim de ocorrência, resolveram-se entre eles e desistiram de levar o caso adiante.
Quanto à programação, a curadoria se mostrou acertada. Jack White, Robert Plant e Smashing Pumpkins foram boas escolhas pela excelência musical e pela afinidade com o tema do festival, o rock. Mas o pop também foi representado – e bem. Calvin Harris, Pharrell Williams e Bastille contribuíram para chamar as 136 000 pessoas recebidas pelo Lolla nos dois dias. Já nas atrações de médio porte, Interpol, The Kooks e Kasabian se provaram escolhas mais seguras, porém deixaram a desejar em suas apresentações. Já St. Vincent, menos conhecida que as três bandas, fez um ótimo e performático show. Entre os dispensáveis, estão grupos como Three Days Grace e Skrillex.