Polônia rejeita pedido de extradição de Polanski aos EUA
Cineasta é acusado de ter abusado sexualmente de uma jovem menor de idade, em 1977
Um tribunal de Cracóvia, sul da Polônia, negou nesta sexta-feira o pedido de extradição para os Estados Unidos do cineasta franco-polonês Roman Polanski, 82 anos, acusado de abusar sexualmente de uma jovem de 13 anos em 1977. “O tribunal concluiu a inadmissibilidade de extradição para os Estados Unidos do cidadão polonês e francês Roman Polanski”, declarou o juiz Dariusz Mazur. Os promotores ainda podem recorrer do veredicto. Ainda que a corte acolha o pedido de extradição, caberá ao minisitro da Justiça decidir se entrega ou não Polanski.
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Os Estados Unidos solicitaram em janeiro a extradição do diretor do cineasta, que dirigiu filmes como O Pianista e Chinatown, acusado de violentar Samantha Geimer em 1977, após uma sessão de fotos em Los Angeles. À época, Polanski tinha 43 anos e se declarou culpado de assédio sexual contra a menor. Ele ficou 42 dias em uma prisão americana, de onde saiu graças a um acordo. O diretor fugiu dos EUA no ano seguinte, em 1978, com receio de o juiz encarregado anular o acordo e de ser senteciado a uma pena mais dura. Em mais de uma ocasião, Samantha disse ter perdoado Polanski. O cineasta vive na França, onde também tem cidadania – o país não extradita seus cidadãos -, mas atualmente está na Polônia trabalhando em seu próximo filme.
(Da redação com agências Reuters e France-Presse)