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Oprah comemora a primeira formatura de sua faculdade na África do Sul

Por Por Joshua Howat Berger
15 jan 2012, 10h27

A rainha dos talk shows dos Estados Unidos, Oprah Winfrey, viveu uma grande emoção neste fim de semana quando as primeiras graduadas de sua Faculdade para Moças da África do Sul concluíram o curso e agradeceram a ela pelo esforço em transformar meninas pobres em futuras líderes de elite.

Ante as 72 graduadas, Winfrey, que agora possui uma fortuna estimada em U$ 2,7 bilhões depois de ter vivido uma infância pobre no Mississipi, falou do por quê ela decidiu abrir essa academia, cujo investimento em 2007 foi de US$ 40 milhões.

“Eu sei que a educação é a porta para a liberdade,” declarou Oprah, usando um vestido verde esmeralda.

“Então eu quis fazer isso por essas meninas que tiveram experiências como as minhas, que tinham circunstâncias desvantajosas, mas não tinham atitudes desvantajosas, mas sim força de vontade e espírito. Eu quis dar a elas a chance que eu tive”.

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Winfrey, 58 anos, contou a história de como ela mencionou a Nelson Mandela, em um chá na casa do líder negro, que estava interessada em construir uma escola para meninas pobres na África do Sul.

O primeiro presidente negro do país ligou imediatamente para o então ministro da Educação, Kader Asmal. Naquela mesma noite, Winfrey participou num um encontro de planejamento com o ministro.

“Eu realmente pensava que um dia construiria uma escola, mas não esperava que fosse naquele dia”, ela brincou.

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Falando no idílico campus da Academia de Liderança para Meninas Oprah Winfrey – que conta com laboratórios com computadores, um teatro com 600 cadeirs, uma biblioteca com 10 mil volumes e até um salão de beleza -, Winfrey defendeu a ideia de investir pesadamente em um pequeno grupo de promissoras jovens mulheres.

A faculdade recebeu críticas por se focar em um grupo seleto, em um país que luta para garantir as necessidades educacionais básicas.

“Como você acaba com a pobreza? Dessa forma”, afirmou a apresentadora em uma coletiva de imprensa depois da cerimônia.

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“Este é o começo do fim da pobreza. Essas meninas agora quebraram o círculo da pobreza em suas famílias”.

“Este modelo foi criado especificamente para dizer para a África do Sul, que se você investe na liderança, não apenas em faculdades, não apenas em passar nos testes e nos exames, mas se você investe na liderança, então a liderança vai gerar um efeito em suas comunidades e sua nação”.

Visivelmente emocionada durante a cerimônia, Winfrey chorou quando umas das 10 melhores alunas, Mashadi Kekana, fez um discurso de formatura agradecendo à “Mãe Oprah” por seu investimento nas meninas.

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A faculdade, no entanto, enfrentou crises até chegar a esse dia.

Logo depois de ser aberta em 2007, a instituição foi atingida por alegações de que uma funcionária teria abusado de algumas das meninas. A funcionária foi presa e indiciada, sendo absolvida mais tarde. Winfrey disse, na ocasião, que estava “profundamente desapontada”.

No ano passado, a faculdade foi abalada por relatos de que um bebê morto tinha sido encontrado na bolsa de uma aluna depois de ela ter, aparentemente, escondido a gravidez e dado à luz em segredo.

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Mas, no geral, os alunos disseram que a academia mudou suas vidas.

Livhuwani Rapalalani, 18 anos e que planeja estudar no Spelman College – a mais antiga universidade negra para mulheres nos Estados Unidos – declarou que a faculdade de Oprah foi totalmente diferente de sua escola pública primária.

“Lá, não havia muitos recursos, então eu não pude crescer tão rápido e desenvolver meu potencial. Mas quando eu vim para cá e tive apoio e recursos, eu pude crescer como pessoa e brilhar de verdade”, contou à AFP.

“A faculdade tem instalações realmente maravilhosas, todos os recursos, todas as pessoas de que você precisa”.

Todas as graduadas foram aprovadas nos exames de fim de ano e vão fazer universidades na África do Sul, nos Estados Unidos e outros países.

O campus estava cheio de famílias, jornalistas e convidados vips, incluindo a esposa de Mandela, Graça Machel, que deu uma palestra. Mandela, que está, cada vez mais frágil aos 93 anos, não pôde comparecer.

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