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‘One Direction: This Is Us’ é tedioso e sem novidade

Filme sobre a boy band britânica, criada pelo magnata da música Simon Cowell no show de calouros ‘The X Factor’, é mais do mesmo, mas deve agradar fãs

Por Carol Nogueira
6 set 2013, 16h14

Meninos da banda são retratados como rapazes bonzinhos, que nada fazem de errado. Não bebem, não fumam, não falam palavrão. Seu maior ato de “rebeldia” é “roubar” um carrinho de golfe da produção poucos minutos antes de um show

Quando o diretor Morgan Spurlock anunciou que dirigiria o documentário sobre a boy band One Direction, This Is Us, em cartaz a partir desta sexta-feira no Brasil, muita gente imaginou que o longa poderia ter as características que marcaram o trabalho do cineasta, conhecido por documentários críticos como Super Size Me – A Dieta do Palhaço. No entanto, o filme passa bem longe disso. This Is Us é um relato entediante de tudo o que já se sabe sobre os garotos, e não traz nenhuma novidade ou profundidade às suas histórias. Nem mesmo o 3D – mal feito, aliás – salva.

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O longa mescla cenas de um show do grupo gravado na O2 Arena, em Londres, a momentos dos integrantes na estrada, se preparando para shows e interagindo com fãs. Conta-se também a história de como os rapazes se conheceram, após cada um fazer uma audição solo para o show de calouros The X Factor e de eles serem “juntados” como grupo pelo magnata da indústria musical Simon Cowell, então jurado do programa.

No entanto, pouco da história de cada um é contada. Sabe-se apenas que todos eles são provenientes de famílias da classe trabalhadora britânica, e mesmo quando os familiares aparecem, é apenas para dizer o quão inesperado o sucesso da boy band foi e o quanto sentem saudade dos rapazes. O mais próximo que se chega da vida de cada um antes da fama é quando alguns visitam os locais onde trabalhavam antes do X Factor: uma padaria, no caso de Harry Styles, e uma loja de brinquedos, no caso de Louis Tomlinson. Detalhes da vida dos outros três — Liam Payne, Niall Horan e Zayn Malik –são escassos. E olhe que Malik tem uma história diferente, é filho de paquistanês, muçulmano praticante, e acabou de ficar noivo.

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Não parece haver uma preocupação em contar uma história linear ou fazer com que o filme tenha algum sentido ou mensagem. E também há pouca originalidade – deveria haver mais cenas como aquela em que um neurocientista explica as reações químicas que acontecem nos cérebros das “directioners”, como são chamadas as fãs do One Direction. Nem mesmo os boatos que surgem todos os dias nos tabloides ingleses sobre os garotos aparecem. Eles são retratados como rapazes bonzinhos, que nada fazem de errado. Não bebem, não fumam, não falam palavrão. Seu maior ato de “rebeldia” é “roubar” um carrinho de golfe da produção poucos minutos antes de um show.

Outros documentários feitos recentemente sobre estrelas pop, como Part of Me, de Katy Perry, e Never Say Never, de Justin Bieber, trazem pelo menos alguma carga dramática para compensar a repetição. This Is Us, nem isso. E não é por falta de assunto. Afinal, a história do One Direction é interessante. O grupo foi o primeiro a criar uma base de fãs exclusivamente online, conquistando grande sucesso em todos os continentes mais rápido do que qualquer outro artista na história. Pena que This Is Us tenha saído um filme – impossível chamá-lo de documentário – tão desinteressante. Ainda bem que, como explica o neurocientista, os cérebros das fãs estarão tão cheios de dopamina quando virem os ídolos na telona, que elas nem se importarão em ver um filme ruim.

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