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‘Olhos Que Condenam’: Netflix e diretora são processadas por difamação

Caso foi aberto pela empresa responsável por criação de método de interrogatório policial intitulado "Técnica Reid", criticada pela série

Por Redação
Atualizado em 15 out 2019, 16h31 - Publicado em 15 out 2019, 13h51

A Netflix e a diretora Ava DuVernay, da minissérie Olhos Que Condenam, estão sendo processadas por difamação, de acordo com informações da revista americana Variety. O processo foi aberto na última segunda-feira 14, pela empresa responsável pela criação da técnica de interrogatório policial intitulada “Técnica Reid”. Segundo a companhia, a produção difamou o método em um dos diálogos da série.

Criada em 1940, a técnica é oferecida em cursos e treinamentos para policiais pela empresa John E. Reid and Associates. De acordo com a empresa, este é o método de interrogatório mais utilizado por agências policiais no mundo, e “o mais eficiente para exonerar os inocentes e encontrar os culpados”. Críticos da técnica, no entanto, afirmam que ela pode resultar em falsas confissões.

Esse é o caso do diálogo exibido em Olhos Que Condenam, que levou à abertura do processo contra seus criadores. A série conta a história real do caso de cinco jovens negros, conhecidos como “Os Cinco do Central Park”, acusados injustamente de estuprar uma jovem no famoso parque de Nova York.

No quarto e último episódio, um personagem confronta o detetive Michael Sheehan, alegando que ele coagiu os cinco réus, posteriormente inocentados, a confessarem o crime utilizando a técnica em questão. 

“Vocês deram um jeito de tirar declarações desses garotos após 42 horas de interrogatório e coerção, sem comida, sem pausas para o banheiro e negando supervisão dos pais”, diz o personagem para o policial. “A Técnica Reid foi rejeitada mundialmente”, ele completa, ao que Sheehan responde: “Eu nem sei o que é a Técnica Reid. Eu só sei o que eu fui ensinado e o que me pediram para fazer. E eu fiz”.

O processo alega que esse diálogo descaracteriza a técnica. A empresa diz ainda que o método não utiliza coerção e que é falso “assegurar que ele foi rejeitado mundialmente”.

A acusadora também afirma que a série “prejudicou a reputação da empresa” e demanda uma indenização punitiva. Além disso, a empresa também exige que a produção seja removida da plataforma até que a cena em questão seja excluída ou alterada.

Criada e dirigida por Ava Duvernay (Selma: Uma Luta Pela Igualdade, A 13ª Emenda), a minissérie da Netflix foi aclamada pela crítica e recebeu 16 indicações ao Emmy 2019, saindo vitoriosa nas categorias de melhor elenco em série limitada, filme ou especial e melhor ator em série limitada ou filme para Jharrel Jerome, responsável por dar vida ao personagem Korey Wise.

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