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‘O Filme dos Espíritos’ aumenta lista de produções brasileiras sobre vida após a morte

O longa segue a linha das últimas cinco produções de teor espírita que levaram, juntas, 8,4 milhões de espectadores aos cinemas

Por Adriana Caitano
10 out 2011, 14h41

Quem for ao cinema ver O Filme dos Espíritos esperando encontrar zumbis, casas mal assombradas, gritos de terror e música de suspense vai ficar decepcionado. Apesar do título clichê de película macabra, a produção não tem aparições, vultos ou suspense. O verdadeiro pano de fundo do filme de André Marouço e Michel Dubret, em cartaz desde o último fim de semana, é a vida. Além, é claro, do espiritismo, religião que vem servindo de inspiração a todo um filão do cinema nacional.

Entrevista: Nelson Xavier volta ao cinema espírita: “Tenho que retribuir o Chico”

O longa segue a linha das últimas cinco fitas de teor espírita que levaram, juntas, 8,4 milhões de espectadores aos cinemas: Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito (2009, 500.000 pagantes), Chico Xavier (2010, 3,4 milhões), Nosso Lar (2010, mais de 4 milhões), e As Mães de Chico Xavier (2011, cerca de 500.000). Nessa cartilha, estão a morte, a reencarnação, a comunicação com os mortos e a superação do luto após o contato.

Em comum com alguns de seus antecessores, O Filme dos Espíritos tem a baixa qualidade técnica – por vezes sofrível, e perceptível principalmente no áudio e na fraca dinâmica do roteiro. Mas vai bem na sensibilidade das cenas, que, apesar do tom de novela da Globo, se aproximam da realidade ao tratar de temas como aborto, suicídio e alcoolismo. Se deve a isso também o fato de a produção contar mais com diálogos do que com efeitos especiais.

No elenco, figuras conhecidas como Nelson Xavier – que viveu Chico Xavier no filme de mesmo nome e em As Mães de Chico Xavier -, Ana Rosa, Sandra Corveloni e Etty Fraser misturam-se a estreantes, como o protagonista Reinaldo Rodrigues. A apresentadora da Rede TV! Luciana Gimenez, que já fez participação em Xuxa e os Duendes (2001), aparece por poucos minutos como Roseli, madrasta de Reinaldo, de 70 anos, envelhecida com maquiagem e peruca grisalha. Não chega a ser uma maquiagem de padrão global, mas não é fácil reconhecer à primeira vista a apresentadora – cuja atuação é tão pequena que é difícil avaliar.

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Nelson Xavier, que interpreta o psiquiatra Levy, e Reinaldo Rodrigues, o protagonista Bruno Gomes, em O Filme dos Espíritos
Nelson Xavier, que interpreta o psiquiatra Levy, e Reinaldo Rodrigues, o protagonista Bruno Gomes, em O Filme dos Espíritos (VEJA)

Sinopse – Nelson Xavier é o psiquiatra Levy, que cuida de pessoas com deficiência mental nas Casas André Luiz. O espaço existe de fato em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, e é dirigido pela Fundação Espírita André Luiz, da qual também faz parte a Mundo Maior Filmes, produtora do longa. Levy reencontra o ex-aluno Bruno Gomes (Reinaldo Rodrigues) em péssimas condições e o ajuda a recuperar o sentido da vida.

Após perder a mulher e o emprego, Bruno torna-se alcoólatra e pensa em se matar – atirando-se no rio Tietê, na capital paulista. A tentativa é interrompida por um gari, que lhe entrega um exemplar de O Livro dos Espíritos, obra de Allan Kardec que inaugurou o espiritismo, em 1857, e inspirou o filme. A partir daí, ele passa pelo processo de descoberta de seu passado como causa de seus sofrimentos presentes.

O roteiro de André Marouço foi elaborado com base em oito textos de curtas-metragens selecionados em 2009 em um projeto da Mundo Maior Filmes, que produziu as melhores propostas baseadas no livro de Kardec. Talvez por isso algumas histórias pareçam tão deslocadas da trama principal do filme. Mas, ainda assim, o longa é candidato a arrematar bilheteria expressiva num segmento que tem se mostrado blockbuster.

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