Novo marketing de Paulo Coelho: pague se gostar do livro

Conhecido por suas bravatas — ele já declarou que Ulisses, de Joyce, poderia ser resumido em um tuíte e que é a favor da pirataria, e cancelou sua ida à Feira de Frankfurt, em 2013, em defesa dos autores nacionais de fantasia não selecionados para o evento –, Paulo Coelho acaba de lançar mais uma. O “mago” disponibilizou dois livros na internet, a versão em inglês de Manual do Guerreiro da Luz e Brida em português, e o aviso aos leitores de que só devem pagar pela leitura se acharem que vale a pena.

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Mais precisamente, o escritor está oferecendo quatro quintos do Manual, uma compilação de histórias, ensinamentos e textos de tom filosófico, porque, segundo escreveu em seu blog, não possui a versão integral do livro em inglês. Em uma nota deixada ao final de cada romance, Coelho sugere ao leitor que compre o livro se aprová-lo. “Caro leitor, se você gostou do texto, por favor, compre — então, podemos dizer à indústria editorial que esta idéia não vai prejudicar o seu negócio”, diz o texto. Claro que é preciso ter caixa para se arriscar no que Coelho chama de “método reverso de venda”. Mas caixa não falta ao autor de best-sellers como O Alquimista.

Esta não é a primeira vez que Paulo Coelho usa a internet para divulgar seu trabalho. Com mais de 25 milhões de fãs no Facebook, 10 milhões no Twitter e quase 250.000 no Instagram, o escritor está sempre em contato com os seguidores. Para seu último livro, Adultério, coletou mais de mil mensagens de fãs que compartilharam, histórias pessoais de infidelidade.