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Após tragédia, ‘Velho Chico’ afasta tristeza com final feliz

Pelo bem e pelo mal, 'Velho Chico' é o tipo de novela que sai do ar para entrar para a história

Por Da redação
Atualizado em 30 set 2016, 09h42 - Publicado em 30 set 2016, 09h25

Velho Chico chega ao fim nesta sexta-feira em tom melancólico. Em especial pela morte de Domingos Montagner, que se afogou inesperadamente durante um mergulho no rio São Francisco, depois de construir um Santo digno da força que o protagonista pedia. Mas também pela perda de Umberto Magnani, o Padre Romão, falecido logo no início da trama. E pelas dificuldades que o folhetim encontrou pelo caminho: uma história que parecia congelada no tempo e que não engrenava, apesar das belas imagens produzidas por Luiz Fernando Carvalho e sua equipe. Não está sendo fácil para o elenco — é possível ver olhares emocionados dos atores mirando a câmera subjetiva, que, desde o começo desta semana, substitui Santo nas cenas que Montagner não teve tempo de gravar. Em meio a essa atmosfera trágica, os autores Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi, seu neto, mantêm o caminho da felicidade e da redenção no último capítulo. Aliás, é aguardada uma homenagem ao ator, que tinha 54 anos e deixou três filhos.

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Santo ainda vive, o que foi uma solução acertada dos autores. O desfecho do personagem será da forma como ele sempre sonhou: Santo se casará com Tereza (Camila Pitanga), com direito a festa com todos, até os agora antigos rivais, presentes. O final feliz na ficção aplacará, mesmo que por alguns minutos, a dor da vida real.

A redenção teve início já no capítulo desta quinta-feira, com o coronel Afrânio, de Antônio Fagundes, que “matou” simbolicamente o odiado Saruê que habitava seu corpo enquanto tentava encontrar o filho Martim (Lee Taylor). Afrânio, que poderia ter um desfecho letal no folhetim, reencontrou a si mesmo e ao amor, nos braços de Iolanda (Cristiane Torloni), e agora acerta as suas contas com a Justiça e com a consciência.

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Mesmo morto, Martim também terá seu momento de realização. O filho do coronel, assassinado pelo vilão de última hora Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), terá a chance de ver sua família unida novamente, algo que tanto desejava em vida. Luzia (Lucy Alves), que não foi propriamente uma vilã, mas cometeu atos insanos em nome do amor que tinha por Santo, como destruir as cartas que Tereza escreveu para ele na juventude — o que os separou por anos e impediu que Santo conhecesse o filho antes da idade adulta –, é outra que terá uma segunda chance. Ela, que foi adotada ainda bebê pelo casal formado por Eulália (Fabiula Nascimento) e pelo capitão Rosa (Rodrigo Lombardi), na primeira fase, nunca se sentiu parte da família. Agora, Luzia adotará uma criança e assim perceberá que ela própria recebeu amor, como filha adotada que foi.

Câmera subjetiva: Tereza fala com Santo sobre o casamento dos dois, que será celebrado nesta sexta
Câmera subjetiva: Tereza fala com Santo sobre o casamento dos dois, que será celebrado nesta sexta ()

Apesar de ser marcada pelas mortes de dois grandes atores, Velho Chico não será lembrada apenas pelas tragédias. A começar pelas grandes interpretações do elenco, como a de Rodrigo Santoro, na primeira fase, e as de Montagner e Camila Pitanga na segunda etapa. Camila, como Tereza, protagonizou embates emblemáticos tanto com o pai, Afrânio, quanto com o marido, Carlos Eduardo, que se uniu a ela, já grávida do agricultor, por interesse. A novela proporcionou à atriz um dos grandes momentos da carreira. Se não, o maior.

Uma lembrança não tão boa é a dos temas ambientais e sociais, que encheram o horário nobre da Globo de discursos chatos.

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Outro ponto a ser destacado é a estética criada pelo diretor, Luiz Fernando Carvalho, que levou para essa novela das 9 contemporânea e realista — com alguns momentos de fantasia — sua câmera lúdica, a mesma que já havia encantado o público em produções mais poéticas dirigidas por ele na TV, como Hoje É Dia de Maria e A Pedra do Reino.

Pelo bem e pelo mal, Velho Chico é o tipo de novela que sai do ar para entrar na história.

Afrânio tomado pela loucura: das sequências mais belas que 'Velho Chico' produziu
Afrânio tomado pela loucura: das sequências mais belas que ‘Velho Chico’ produziu ()
Afrânio tomado pela loucura: das sequências mais belas que 'Velho Chico' produziu
Afrânio tomado pela loucura: das sequências mais belas que ‘Velho Chico’ produziu ()

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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