Nova investigação aponta quem delatou o esconderijo de Anne Frank
Mistério sobre a traição paira sobre a história da Holanda há 77 anos
Uma nova investigação, iniciada em 2016 e que, agora, apresenta seus resultados, resolveu o mistério sobre quem teria traído Anne Frank e sua família. A delação feita há 77 anos levou um grupo de judeus escondido em Amsterdã a um campo de concentração culminando na morte da jovem autora do best-seller O Diário de Anne Frank (clique para comprar), aos 15 anos de idade.
Conduzida por Vince Pankoke, ex-agente do FBI, a reabertura do caso sugere que o traidor seja Arnold van den Bergh, um proeminente membro de um conselho de judeus em Amsterdã, grupo usado pelos nazistas para supostamente proteger seus iguais. Antes do fim da II Guerra, o grupo foi desfeito e enviado a campos de concentrações. Van den Bergh teria entregado o endereço do esconderijo dos Frank para poder salvar sua própria família, que foi poupada dos campos.
A longa investigação, que contou com dezenas de especialistas e a ajuda de um programa de inteligência artificial, analisou diversos suspeitos, especialmente simpatizantes do partido nazista. Contudo, o resultado surpreendeu a todos. “Era um contexto de guerra, no qual a sobrevivência diária pautava as decisões”, analisa Thijs Bayens, cineasta que fará um documentário sobre a investigação.
Anne Frank, sua família e quatro outros amigos, totalizando oito pessoas, passaram mais de dois anos escondidos em um anexo ao fundo do prédio onde o pai da jovem, Otto Frank, possuía uma empresa. Eles foram apreendidos pelos nazistas em agosto de 1944 e enviados aos campos de concentração. Apenas Otto sobreviveu. Todo o processo da investigação será narrado no livro Quem Traiu Anne Frank? (clique para reservar), previsto para ser lançado em fevereiro no Brasil pela editora HarperCollins.
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